Parece que os políticos funcionam melhor na base da legítima pressão popular. Por isso, todas as manifestações de rua e nas redes sociais precisam focar na Reforma Política. No dia 1º de agosto, essa será a “mãe” de todas as demais reformas estruturantes, inclusive a do Voto Impresso Auditavel, motivo pelo qual o povo deve lotar as ruas em todos os Estados.

O voto Auditavel deve melhorar a qualidade política, e nesse ponto, é preciso acelerar o debate público para a elaboração de um projeto estratégico de nação e para a formulação de uma nova Constituição, enxuta, lógica, fácil de ser entendida e cumprida, sem depender, o tempo todo, de interpretações supremas. Só assim o Brasil tem chance de evoluir, crescer e se desenvolver em bases civilizadas e seguras.

A manifestação do 1º de agosto será em defesa desse princípio e da transparência e segurança eleitoral. Afinal, uma parcela expressiva da população defende a aprovação do voto impresso pela urna eletrônica para “auditoria” do resultado final. Mesmo assim, o ideal e correto, mas dependeria de ir além do texto da PEC 135, seria que o novo modelo previsse a recontagem pública, filmada, de 100% dos votos. Dessa forma, se os dados do Boletim de Urna coincidir com a conferência física, a eleição será declarada limpa e pura, sem necessidade de judicialização.

Com as negociações dos cargos em trânsito, mesmo com o veto de Bolsonaro ao Fundão Eleitoral, o Voto Impresso Auditavel tem tudo para ser aprovado, porque conta com o apoio do eleitorado e, acima de tudo, porque o presidente Jair Bolsonaro pode usar sua “confirmação matrimonial” com o Centrão, cobrando que a Proposta de Emenda Constitucional seja referendada no parlamento. O Poder Supremo joga tudo a favor da continuidade do trâmite sigiloso eleitoral. STF e TSE não querem mudanças.

Contudo, à medida que Bolsonaro negocia com o Centrão, as coisas tendem a mudar. Não se trata apenas de “toma lá dá cá”, até porque os novos postulantes a cargos ministeriais estarão debaixo dos olhos de vários assessores militares com poderes de inspeção, representando os olhos do gabinete, o que deve manter a corrupção, pelo menos sob controle.

*JPN

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ES – 26/07/2021