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O município de Indaiatuba não tem uma chuva expressiva desde março de 2021. Cidades que compõem a Região Metropolitana de Campinas (RMC) e vizinhas como Salto e Itu já estão com racionamento de água. Também no Estado de São Paulo, o racionamento é a realidade de 1,2 milhão de pessoas em cidades do interior como Bauru, São José do Rio Preto, Chavantes, Santa Cruz das Palmeiras e Rio das Pedras.
O Consórcio PCJ (Consórcio formado pelos municípios das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) tem alertado de que a estiagem será ainda muito severa, e para minimizar os problemas de abastecimento que possa ocorrer, o Saae enfatiza a Campanha permanente “Cada Gota faz diferença. Economize água” e tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do uso responsável da água, principalmente no período de seca.
O País está em uma situação crítica, sofrendo os impactos da emergência climática que assola o mundo inteiro com efeitos diversos. O desequilíbrio no clima tem um impacto devastador na hidrologia do país, que provoca contas de luz mais caras nas cidades (uma vez que os reservatórios das usinas hidrelétricas estão vazios, aumentando o uso das termelétricas), enchentes em Manaus (com a concentração de boa parte da pluviosidade em um período curto de tempo), e perda de colheitas para a pior seca dos últimos 91 anos no Sudeste e Centro-Oeste do país. A crise climática também acentua fenômenos atmosféricos como o La Niña, que favorece a estiagem na região. O La Niña é um fenômeno que inibe a formação de nuvens carregadas, impedindo precipitações generalizadas e consistentes. As frentes frias, que nesta época do ano são os principais sistemas responsáveis por trazer umidade ao Estado, acabam sendo deslocadas para as áreas litorâneas e, como consequência, a chuva não atinge todas as regiões.
De acordo com a medição realizada pelo Saae, que coleta os dados por meio do pluviômetro instalado na Estação de Tratamento de Água, ETA III no bairro Pimenta, este ano pode ser considerado um dos mais secos da história. A última chuva expressiva que caiu em Indaiatuba foi em abril desse ano, dia 7 choveu 29 mm e no dia 18, 10.5 mm. As chuvas são importantes para alimentar o lençol freático dos mananciais, para que nos períodos de estiagem consigam ter volume suficiente para sua captação.
Dentro desse cenário é fundamental o uso eficiente da água em todos os setores. “Em Indaiatuba está mantido o abastecimento, mas sem previsão de chuvas e a probabilidade de que os próximos meses sejam ainda mais secos, é importante que todos façam sua parte e consumam água de forma consciente e sem desperdícios, para preservar os mananciais”, ressalta o representante do SAAE.
AUMENTA O RISCO DE INCÊNDIOS
Nos primeiros 20 dias de julho, o Corpo de Bombeiro e a Defesa Civil de Indaiatuba registraram 10 focos de incêndio no município, enquanto no ano passado foram computados seis atendimentos durante os 30 dias do mês. As regiões de Itaici e Campo Bonito foram as mais atingidas pelas queimadas. Para denunciar focos de incêndio a população deve ligar para Defesa Civil no 153 ou para o Corpo de Bombeiros no 193.
No mesmo período o departamento de Meio Ambiente notificou cinco proprietários por denúncia de atear fogo para limpeza de área. Nenhuma multa foi aplicada, pois não foi possível identificar em flagrante o autor do crime ambiental.
O período de seca que vai de 1 de maio a 30 de setembro, favorece a propagação do fogo e o departamento, que é vinculado à Secretaria de Segurança Pública, alerta sobre os cuidados que a população deve tomar na época de estiagem.
O objetivo da iniciativa é minimizar os efeitos previsíveis que afetam a cidade nesta época do ano, otimizar os recursos existentes e antecipar os riscos, em função da baixa umidade do ar, de quedas bruscas de temperatura e da ausência de chuvas.
As orientações são para que o cidadão colabore e não jogue cigarros ou fósforos acessos às margens das avenidas, terrenos e rodovias, especialmente de carros em movimentos; não soltem balões (crime previsto na Lei Nº 9.605/98), não acendam fogueiras e também não queimem folhas secas ou lixos, alerta o coordenador da Defesa Civil e membro do Programa Município VerdeAzul, Paulo Cesar Feijão.
DEFESA CIVIL
A Defesa Civil de Indaiatuba atua diante de situações de desastres naturais e apoia a população em ações emergenciais. De acordo com a situação vivenciada, é responsável por traçar um plano de ação e acionar todas as secretarias e ou órgãos competentes para prevenir, solucionar ou amenizar a ocorrência.
PROGRAMA MUNICÍPIO VERDEAZUL
Vinculado à Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, o Programa Município VerdeAzul – PMVA foi lançado em 2007 pelo Governo do Estado de São Paulo com o propósito de medir e apoiar a eficiência da gestão ambiental com a descentralização e valorização da agenda ambiental nos municípios. O objetivo é estimular e auxiliar as prefeituras paulistas na elaboração e execução de suas políticas públicas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do Estado.
A participação do município no PMVA é um dos critérios de avaliação para a preferência na liberação de recursos do Fundo Estadual de Controle da Poluição – Fecop.
*AIPMI
ES – 23/07/2021