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março 19, 2024O Brasil encontra-se na posição 130 entre 193 países em participação feminina na política. O ranking é liderado por Ruanda, com 61% de mulheres legisladoras, em razão de um contexto histórico e de um sistema de reserva de assentos. Outras nações do topo são Nova Zelândia, México, Islândia, Suécia e Noruega. O Brasil classifica-se atrás de países como Iraque, Afeganistão e Arábia Saudita. Já entre os 33 países latino-americanos e caribenhos, o Brasil está na posição 31, à frente apenas de Belize e Haiti.
A inclusão de mais brasileiras na política é uma questão não só de justiça, mas de interesse público. A sub-representação feminina afeta negativamente o desenvolvimento e avanço da sociedade, que perde por não se valer de uma participação vital e significativa de contribuições.
São as mulheres, muitas delas que cresceram como chefes de família, que compõem a maioria do eleitorado brasileiro, ou seja, mais de 50%. Em contra partida, elas contam com uma legislação de cotas de 30% para candidatas femininas, cuja participação até 2018 nunca havia ultrapassado a marca de 10%.
Já em 2022 a situação melhorou um pouco. Ainda assim, atualmente, a participação feminina é de aproximadamente 20%, ainda aquém da cota de 30%, a qual deveria ser o mínimo aceito por nossa sociedade – e embora o ideal fosse 50%.
Mudando os rumos da política com a participação das mulheres
Para mudar esse cenário, principalmente no primeiro degrau da escalada política que é a vereança – com candidatas que estejam presentes na administração de cidades – é necessário encontrar e apoiar as mulheres dispostas a ingressar na política local como eleitas. Ao mesmo tempo, buscar apoiadoras que, embora não desejem um cargo público, possam contribuir de maneira substancial na escolha das pautas pelos partidos e seus eleitos e na tomada de decisões.
É fato! Uma mulher atuante e engajada, bem informada e que goste de política, carrega um poder de opinião que pode mudar os rumos de cidades com menos de 300 mil habitantes. A participação na família, entre amigos e nas comunidades onde ela está inserida deve somar muitos votos para um bom candidato ao pleito, e ainda pode transformar seu interesse a postulante futura a um cargo eletivo. Ainda nesse caminho, profissionais liberais que dividam interesses entre as necessidades de representação de classes e a família, também são boas candidatas à vereadoras.
Pesquisar ideias, escolher um lado entre ‘direita e esquerda’, se informar sobre as pautas de cada partido, além de se inteirar sobre passado e presente de cada candidato já é um grande passo. Nesse contexto, a sensibilidade feminina pode agregar conceitos e valores pessoais e trazer um novo olhar para as necessidades básicas familiares: Educação, Saúde e Segurança. Dessa forma, as mulheres podem inclusive contribuir para afastar os candidatos que passam anos seguidos se reelegendo por meio da corrupção, da troca de favores ou compra de votos.
Candidatar-se a um cargo público sem conhecimento da política nacional e local, sem uma base de pesquisa ou simplesmente representando uma causa já não faz mais sentido para grande parte do eleitorado brasileiro que, nos últimos 10 anos, despertou para a importância da política e os rumos das decisões tomadas por políticos inescrupulosos. Ações estas, que durante muitos anos foram ignoradas pelo cidadão ou relegadas a um segundo plano.
Na busca pelo poder que pode ser dividido entre homens e mulheres, mas que traga um novo olhar para política, e que represente àquelas que ofereçam sensibilidade para as ações que influenciam no dia a dia dos cidadãos, a contribuição da mulher que pode somar no futuro da sociedade é fundamental.
Eliege Signorelli
ES – ASSESSORIA E COMUNICAÇÃO
*Imagem Google
19/03/2024