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As fortes ondas de calor que tem deixado o brasileiro irritado e exaurido tem se intensificado desde o início de julho de 2023. A quebra constante dos registros históricos de temperatura tem causado uma sequencia de novos recordes para os meses mais quentes já registrados. Mas o fenômeno é mundial.
Em 2023, a temperatura global média foi 1,45 °C (com uma margem de incerteza de ± 0,12 °C) acima da média pré-industrial. Isso tornou o último ano o mais quente registrado, superando os recordes anteriores de 2016 e 2020.
Alguns especialistas dizem que como a média decenal de 2014-2023 ficou em 1,20°C (com uma margem de incerteza de ± 0,12 °C) acima da média de 1850-1900. Isso quer dizer que o aumento contínuo das concentrações de gases de efeito estufa é o principal impulsionador do aquecimento global, segundo o relatório da OMM. “Jamais estivemos tão próximos do limite inferior de 1,5°C do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas”, disse a Secretária-Geral da OMM, Celeste Saulo.
O novo estudo da Organização Meteorológica Mundial afirma também que eventos climáticos extremos do último ano tiveram grandes impactos socioeconômicos em todos os continentes, afetando especialmente as populações mais vulneráveis.
Embora alguns cientistas mais céticos não acreditem numa interferência mais severa do homem que tenha tanta influência no clima da Terra, segundo outro relatório sobre o clima – “O Estado do Clima em 2023” – nunca antes o mundo viveu uma situação com tantos extremos e recordes, sejam nos níveis de gases de efeito estufa da Terra, nas temperaturas superficiais do nosso planeta, de acidificação e calor dos oceanos, alterações no nível do mar, ou no derretimento da cobertura de gelo na Antártida e no Ártico.
O aquecimento global é causado pelos gases de efeito estufa que retêm o calor do nosso Sol na atmosfera. Esses gases, como o CO2 (gás carbônico), são liberados quando queimamos combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, algo que não fazíamos antes da Revolução Industrial, pelo menos em larga escala.
Desde então, a quantidade de CO² na atmosfera aumentou mais de 50% e vem crescendo. Como consequência disso, o aquecimento global está fazendo o nosso planeta ficar mais quente, o que por sua vez, está causando uma série de problemas e intensificando fenômenos naturais como incêndios em florestas, secas e tempestades que estamos vendo cada vez mais pelo mundo.
BRASIL SOB O EFEITO DO EL NINÕ E LA NIÑA
Enquanto passa por mais uma onda de forte calor, o Brasil se despede do verão. Embora as temperaturas ainda fiquem altas em diversas capitais do País nos próximos dias, o tempo deve mudar conforme padrões climáticos se alteram e o outono começa.
Em janeiro, institutos meteorológicos anunciaram que o El Ninõ já havia atingido seu pico, o que na teoria, indica que o fenômeno está enfraquecendo. Como um evento climático, ele influenciou o excesso de chuvas na região Sul e a seca extrema no Norte do Brasil durante 2023. Porém, as previsões para 2024 não se mostram tão animadoras já que o La Ninã chegará ao País no segundo semestre de 2024, provocando o resfriamento o Oceano Pacífico, o que também provoca aumento das chuvas no Norte e Nordeste do Brasil, além de seca na Região Sul.
Além disso, o El Ninõ também contribuiu para alta de temperaturas durante o segundo semestre de 2023 e o início de 2024. Agora, a tendência é que ele se neutralize e os termômetros caiam, assim como costuma acontecer no outono brasileiro.
INÍCIO DO OUTONO NO BRASIL EM 20 DE MARÇO
A partir da quarta-feira (20), a alta pressão que causa a onda de calor perderá força. Com isso, dará espaço a uma nova frente fria, mais forte que a anterior. Assim, apesar de se formar no Rio Grande do Sul, ela poderá chegar até o Norte do Brasil.
Com isso, a previsão indica que o Sul e o Sudeste do País devem enfrentar uma queda brusca de até 10°C na temperatura a partir de sexta-feira (22). Junto com a queda dos termômetros, ambas as regiões também terão chuvas fortes, principalmente entre os quatro Estados do Sudeste e o Rio Grande do Sul. No entanto, na semana de 25 de março a 1º de abril, modelos climáticos preveem uma redução no volume de chuvas.
Contudo, alguns modelos climáticos indicam que pode chover ainda mais que o esperado durante os meses de março, abril e maio em todo Brasil.
*IBF/eCycle
*Imagem Google
ES – 19/03/2024