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abril 24, 2024OPINIÃO: NO FUTURO HAVERÁ TRABALHO, MAS NÃO NECESSARIAMENTE TRABALHADORES… O futuro é hoje!
O conceito de trabalho na atualidade aponta que a informalidade é a tendência mundial do mercado, e isso traz ônus e bônus. No que diz respeito às empresas, a falta de compromisso que as novas gerações têm com o empregador é um agravante, o que deixa vago os postos de trabalho. Já no que diz respeito aos empregados, a falta de liberdade criativa e a definição mais justa entre salário, trabalho e benefícios, segundo eles, não vale uma vida estressante.
O fato é que a forma como as novas gerações enxergam a necessidade das atividades remuneradas tem deixado muitas empresas com dificuldade para preencher os postos de trabalho. Ao passo que, aqueles que entenderam que o futuro está centrado no desenvolvimento profissional planejado, estão sempre pensando na concorrência e dispostos a partir.
A vida de empregos temporários, freelancers e “bicos” não é um traço passageiro das economias, tampouco uma expressão particular de suas crises. As ocupações instáveis e flexíveis, segundo estudiosos, já formam o novo rosto do mercado de trabalho. E, se novas maneiras de ganhar a vida estão se sobrepondo, algo está, obrigatoriamente, morrendo. Nesse contexto, a mão de obra especializada – que vinha com uma formação e experiência – está se extinguindo, assim como aquela que não exige muito conhecimento também. E isso ocorre em todos os lugares do mundo, mesmo nas economias mais desenvolvidas. A conclusão é: O problema é estrutural?
Segundo os especialistas da economia, as mudanças estruturais no mercado de trabalho estão atreladas à globalização, aos benefícios governamentais e a revolução tecnológica. E estas mudanças construíram um novo grupo social e econômico que deviria estar em plena atividade profissional, e não está.
Quem trabalha para que outros aposentem?
Se o envelhecimento da população está afetando o mercado de trabalho, o contrário também acontece: As novas tecnologias e a economia disruptiva estão conferindo uma cara velha ao emprego tradicional. A extinção da ocupação “clássica” com formação cria espaços para o aumento de trabalhadores descompromissados e com baixo conhecimento. As atividades se tornam cada vez mais um atendimento à demanda porque é essa flexibilidade que o universo digital impõe.
Em 2016, os economistas apontavam que em cinco anos a Quarta Revolução Industrial deveria implicar na perda de mais de 5 milhões de empregos. As mudanças, segundo eles, iriam chegar na corrente da robótica avançada, transporte autônomo, inteligência artificial, aprendizagem automática, além do desenvolvimento acelerado da biotecnologia, de 2015 a 2020. Por outro lado, o cenário tecnológico daria força para áreas como computação, matemática, arquitetura e engenharia, onde haveria um ganho de 2 milhões de empregos.
Seria a descrição da realidade atual se houvessem tantas pessoas formadas ou apenas disponíveis e sem formação para serem absorvidas pelo mercado de trabalho, como há uma maioria disposta apenas a uma vida fácil com isenção de compromissos ou na informalidade.
O aumento significativo dos impostos para as empresas, o assistencialismo exagerado do Estado para com o desempregado, consequentemente o trabalho sem vínculos duradouros com o empregador, fizeram surgir cada vez mais às ocupações flexíveis e mudaram a maneira que o trabalhador se comporta ao receber seu pagamento, sem férias remuneradas e outros benefícios. É a lógica da gratificação instantânea que se uniu a fuga da faca tributária afiada do governo.
Agora, essa nova classe precisa confiar inteiramente nos salários nominais, sem horários e espaços de trabalho fixos e pouca previsibilidade sobre os rendimentos financeiros, o que os coloca permanentemente ameaçados de endividamento pessoal. Isso porque, ao longo do ano, é preciso morar, comer, beber, vestir e contar com despesas básicas, principalmente se o trabalhador tem uma família.
O perfil do trabalhador que deveria estar em plena atividade está dividido em três grupos:
- A geração que saiu da classe trabalhadora típica do capitalismo industrial e que ainda entende o processo: Educação, Trabalho e Lazer – a minoria;
- Uma parcela que são as etnias aleatórias e imigrantes que se sentem desligados da sociedade convencional;
- E os jovens pouco qualificados que não estão satisfeitos com o que o mercado de trabalho apresenta, seja na forma de empregados ou freelancers. Estes, são cidadãos que, em geral, não têm senso de ocupação clássico e aceitam que a vida seja naturalmente instável – a grande maioria.
A pergunta que fica é: Qual seria o sentido da população jovem se preocupar com especializações e formações de alto nível, se pode ganhar uma vida simples através de diferentes ocupações e sem grandes compromissos ao longo do tempo? Eles perderam a ambição junto com o sentido de família?
O que dizer aos jovens de quem o Brasil depende?
A formação qualificada e sofisticada deve continuar como incentivo para a população procurar o ensino, mas é fato que o cenário tem atritos com essas buscas individuais. O problema ainda é estrutural, tanto a do sócio cultural/ocupacional como a estrutura econômica do País. Nesta mesma linha, há uma contradição entre o grande futuro prometido ao jovem que entra na universidade e o que ele realmente encontra no mercado de trabalho. Para eles, a insatisfação com o trabalho em troca de uma vida segura não faz muito sentido.
O senso comum entre as novas gerações é evitar uma vida inteira com um único emprego, porque, na visão deles, a maioria das atividades disponíveis é chata, estressante ou limitada. Dessa forma, o grande desafio do empregador é garantir que mais pessoas tenham segurança básica de renda fixa para que todos possam suportar um emprego instável e assim criar um circulo sustentável entre os empregadores no entra e sai desses colaboradores.
Tudo isso se traduz num esquema de cooperação. É claro que o governo ajudaria muito se trocasse os benefícios e bolsas por investimento maciço em Educação com formação técnica. Afinal, tudo deveria partir da Educação. Dessa forma, o empresariado poderia manter sua participação no ciclo incentivando seus empregados a uma formação mais dirigida.
A DIFICULDADE DE SE EMPREGAR EM INDAIATUBA
A cidade que comemora seus prêmios de sustentabilidade e qualidade de vida não dispõe de mão de obra nem para o comércio nem para a indústria. Claro, isso não é exclusividade de Indaiatuba, mas, seu mercado informal de emprego também sofre com a falta de trabalhadores. E em Indaiatuba há um agravante: O custo de vida. Comparado ao salário mínimo, 100% do salário de um trabalhador fica no aluguel, ou seja, aquele que seria um garçom, um empregado do lar, um ajudante de produção ou um atendente de balcão não paga as contas sozinho. Não há como viver nessas condições mesmo estando empregado, e emprego não falta por aqui. O incentivo para que as empresas se instalem na cidade não é equivalente à quantidade de seus trabalhadores. Resultado: Antes de se instalar em Indaiatuba é preciso garantir a própria capacidade de trabalho do empresário caso ele não consiga a mão de obra necessária para o seu negócio.
Quanto às ações municipais em prol dos empregos, no que tange à Educação, Indaiatuba dispõe de FATEC e FIEC ambas as instituições voltadas ao mercado de trabalho, além de um ensino municipal de qualidade. Quanto às empresas, por conta de sua localização estratégica, Indaiatuba recebe anualmente muitas delas com apoios fiscais e garantias. Há vagas disponíveis no mercado de trabalho, e são muitas, mas a vinda dessas empresas tem feito crescer apenas o mercado imobiliário e, ao mesmo tempo, traz uma população que está mais para dormitório – os que fazem tudo fora da cidade e moram aqui – esses não preenchem as vagas disponíveis em bares, restaurantes e demais comércios, mas somam-se aos problemas exigindo mais água, energia, saúde, segurança e controle de trânsito.
Não estou fazendo aqui qualquer apologia ao provincianismo. O ideal é crescer, se desenvolver, somar população e incentivar o profissional, e que todos nós possamos conviver em paz e harmonia com a qualidade de vida oferecida por nossos parques e estrutura de lazer. Porém, para garantir tudo isso, é necessário um controle entre crescimento, infraestrutura e trabalhadores.
*Imagem Google
ES – 23/04/2024