ACIDENTES DE TRÂNSITO MATAM MAIS EM 2023 E INDAIATUBA NÃO FICA ATRÁS
janeiro 23, 2024FILME BRASILEIRO “NOSSO LAR 2” TEM MENSAGEM BOA COM PRODUÇÃO RUIM
janeiro 31, 2024COMPORTAMENTO
Embora a educação sexual seja uma pauta priorizada, especialmente durante o Ensino Médio, muitos adultos também podem se beneficiar desses conhecimentos; afinal, existem mais mentiras sobre a sexualidade do que se pode imaginar.
Nesse texto de orientação vamos considerar PARCEIRO como o outro, independente se ele seja masculino ou feminino.
Mito: Dizer ‘sim’ uma vez significa dizer ‘sim’ sempre.
Muitas pessoas que estão em um relacionamento acreditam que dar consentimento ao parceiro uma vez significa que o indivíduo estará sempre lá, disponível, mesmo quando este não queira fazer sexo.
Realidade
Sexo sem consentimento claro significa absolutamente NÃO! Todo encontro sexual requer consentimento. O consentimento é dado livremente e é reversível, mas é uma decisão pessoal que tem a necessidade fundamental de acontecer todas às vezes, independentemente de relações sexuais anteriores ou de se estar em um relacionamento de compromisso. Que fique claro: De acordo com a lei, sem consentimento, a atividade sexual (incluindo as que se seguem após o consentimento como: Sexo oral, toques indesejados ou penetração anal) se não for consentido é considerado agressão sexual ou estupro.
Dito isso, vamos aos fatos…
Mito: Mulheres querem relacionamentos, homens querem sexo casual.
Uma crença enraizada na sociedade é que mulheres simplesmente não podem desfrutar do ato sexual sem deixar suas emoções entrarem no caminho, enquanto os homens não têm problemas em buscar o prazer carnal.
Realidade
Embora algumas pesquisas indiquem que os homens podem ser mais receptivos às aventuras sexuais, um estudo mais profundo, publicado no “Psychology Today”, revela que: As mulheres estão tão dispostas a fazer sexo sem compromisso quanto os homens, desde que se sintam seguras na situação e julguem o parceiro competente. Ainda sim, é providencial lembrar que os homens sabem que podem atingir o orgasmo facilmente, enquanto as mulheres atingem-no apenas 35% das primeiras vezes que fazem sexo com alguém.
Mito: Você é homossexual ou heterossexual.
À medida que cada geração se torna mais informada sobre sexualidade, a maneira como as pessoas se enxergam diante do sexo está começando a mudar.
Realidade
A sexualidade humana existe em um espectro, e um método popular de descrevê-lo é através da escala Kinsey, que consiste em oito níveis:
Nível zero: Exclusivamente heterossexual.
Nível 01: Predominantemente heterossexual – eventualmente homossexual.
Nível 02: Predominantemente heterossexual, embora homossexual com frequência.
Nível 03: Bissexual.
Nível 04: Predominantemente homossexual, embora heterossexual com frequência.
Nível 05: Predominantemente homossexual – eventualmente heterossexual.
Nível 06: Exclusivamente homossexual.
Nível X: Assexual – Enquanto algumas pessoas se identificam como exclusivamente heterossexuais ou exclusivamente homossexuais, pesquisas provaram que há muitas pessoas que estão em algum lugar entre os dois extremos.
Mito: Ostras e chocolate são alimentos afrodisíacos.
Diferentes tipos de alimentos naturais são capazes de influenciar de maneira positiva a libido humana.
Realidade
Nenhum estudo confirma que as ostras sejam realmente afrodisíacas. O chocolate, por outro lado, pode diminuir a pressão arterial, favorecendo a saúde cardiovascular — o que pode, para os homens, ajudar nas ereções.
Mito: Sexo queima muitas calorias.
Sexo pode substituir um exercício físico intenso?
Realidade
De acordo com um estudo da Universidade de Montreal, no Canadá, mulheres queimam cerca de 70 calorias durante o ato sexual. Se comparada ao sexo, uma corrida leve de meia hora representa uma queima de cerca de 210 calorias de acordo com a mesma pesquisa, ou seja, mais que o dobro das calorias queimadas do que nos momentos entre quatro paredes.
Mito: Trocar mensagens sensuais é coisa de universitários excitados.
Muitas pessoas acreditam que trocar mensagens e fotos sensuais é algo exclusivamente para jovens de 20 anos, e que adultos maduros não se engajam nesse tipo de comportamento juvenil.
Realidade
O sexting (troca de mensagens e fotos sensuais, flerte digital e bate-papos sensuais por vídeo) é real, e qualquer pessoa com acesso à tecnologia pode participar dele. No entanto, lembre-se que os arquivos são para sempre, mesmo que os relacionamentos terminem. Além disso, a atividade pode ser divertida, mas deve ser feita entre adultos. A dica de segurança é não fotografar o rosto.
Mito: Um pênis precisa ser grande para que a outra pessoa fique satisfeita.
Muito se fala sobre o tamanho do pênis ser algo essencial para o sucesso da atividade sexual, mas isso está longe da realidade. Ao contrário, pênis muito grande pode até atrapalhar a relação.
Realidade
Um pênis maior que a média (12 a 18 cm) pode ser difícil de lidar. Além disso, não há promessa de que sua experiência sexual será satisfatória. Para as mulheres, a fórmula do prazer envolve, principalmente, a quantidade certa de fricção e estimulação do clitóris — o que nem requer um dispositivo fálico. Enquanto intimidade e química podem ser fatores que tornam o sexo bom ou ruim, uma genitália específica passa longe destas requisições. Um estudo publicado pela “Pink News” sugere, inclusive, que mulheres lésbicas têm mais orgasmos do que as heterossexuais. Assim, nenhum pênis, grande ou pequeno, é necessário para uma experiência sexual satisfatória.
Mito: Todas as mulheres têm orgasmos durante a relação sexual.
E pode ser exatamente esse tipo de pensamento que explica por que tantas mulheres não têm orgasmos. Segundo o Kinsey Institute, enquanto 95% dos homens relatem orgasmos em encontros sexuais, apenas 50 a 70% das mulheres “chegam lá”. E esse dado feminino indica possível inverdade, já que conteúdos com o tema sexo indicam que apenas 35% das mulheres têm orgasmos na primeira relação.
Realidade
Embora a penetração vaginal possa levar ao orgasmo para algumas mulheres, muitas precisam de mais atenção ao clitóris e ao redor dele. Enquanto os nervos indutores do orgasmo estão na glande do pênis, esses nervos vivem no clitóris em pessoas com vagina — e a relação sexual nem sempre fornece estimulação suficiente nesta região.
Mito: Mulheres demoram mais para ficar excitadas do que os homens.
Existe uma analogia que diz que as mulheres são como panelas de pressão, enquanto os homens são como micro-ondas. Isso gira em torno da ideia de que os homens estão sempre “prontos para a ação”, enquanto as mulheres precisam “entrar no clima”.
Realidade
Não há absolutamente nenhuma diferença na rapidez com que os gêneros respondem às preliminares, de acordo com a Universidade McGill, no Canadá. Em um estudo da instituição, pesquisadores basearam-se em imagens térmicas para determinar o pico de excitação de cada pessoa, e descobriram que “estar no clima” está ligado ao estresse, e a excitação sexual pode depender de fatores físicos e psicológicos.
Mito: A vagina pode revelar quantos parceiros uma mulher já teve.
Alguns ainda acreditam que quanto menos “apertada” a vagina de uma mulher for, mais parceiros sexuais com pênis ela teve. Esse mito é tão problemático que pode ser difícil decidir o que desmistificar primeiro.
Realidade
Em um passado não muito distante, quando a virgindade de uma futura noiva precisava ser provada antes de ela se casar, alguém (geralmente um homem) a examinava e verificava um suposto rompimento em seu hímen e se havia sangue nos lençóis depois da relação. Isso se baseava na suposição equivocada de que a membrana só pode ser “quebrada” pela relação sexual — o que trouxe consequências erradas para as mulheres e que persistem em algumas culturas até hoje. Ainda atualmente, por exemplo, muitas pessoas acreditam que ter uma vagina “pouco apertada” é sinônimo de fazer muito sexo. O quão apertada ou solta uma vagina é, entretanto, depende da genética de cada mulher e não de quantas vezes ela fez sexo.
ES – 31/01/2024