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Tecnólogo em Redes de Computador, o empresário Renan Ascoli (PODEMOS), nasceu em São Paulo, têm 39 anos, é solteiro e vive como indaiatubano há 25 anos.
Renan participou pela primeira vez do pleito eleitoral nas últimas eleições, como treinee, ocupando a vaga para disputa de vereador do partido, deixada por outro concorrente que assumiu como candidato a vice-prefeito da chapa. Contudo, Renan soma uma experiência de bastidores, trabalhando e apoiando o amigo – Ricardo França – em diversas disputas eleitorais.
Este ano, Renan Ascoli vem mais preparado e com um projeto de Legislativo mais elaborado e assertivo, que foca a Educação com tecnologia e inovação. O candidato acredita em uma política renovada, com candidatos mais jovens e bem preparados. Na visão de Renan, é a hora e a vez de Indaiatuba deixar de ser apenas uma excelente cidade do interior para se viver e se transformar para o futuro.
Alguns partidos têm apresentado candidatos jovens que podem trazer inovação, tecnologia e modernidade para a política e a administração das cidades. É a experiência profissional no pleito. O que o fez chegar até aqui, e por que o (PODEMOS)?
Em 2020 fui convidado a integrar o (PATRIOTAS), e concorrer no mesmo ano. Naquele momento, eu estava trabalhando nos bastidores, na organização, auxiliando todos os candidatos; nem passava pela minha cabeça concorrer a uma vaga na Câmara. Até porque, meu grande amigo, Ricardo França, já era vereador e eu sempre o apoiei. Faltando aproximadamente 50 dias para a campanha, por motivos particulares, o candidato a vice-prefeito se desligou da chapa. Com isso, um dos candidatos a vereador assumiu o posto deixando uma vaga em aberto. Naquele momento fui convidado a me juntar ao grupo e sair vereador.
Sinceramente, eu não achava que era o momento, e me sentia muito cru como político, a minha intenção nos bastidores era adquirir experiência e me tornar apto a concorrer em um próximo pleito. Porém, o grupo precisava de mim 45 dias antes das eleições. Era um desafio ter uma candidatura que causasse algum impacto naquele momento. Mesmo assim, eu estabeleci uma meta pessoal de 100 votos; e em meio a uma pandemia, sem tempo de pré-campanha, sem fundo eleitoral, e com os votos dos eleitores praticamente comprometidos com outros candidatos, ainda fiz mais do que minha meta. Me animei!
Já para mudar para o (PODEMOS) enfrentei uma espiral de dúvidas. Com dois lados da disputa politicamente bem estruturados, eu precisava tomar uma decisão: Em qual partido eu teria mais chance de ser eleito? Qual dos candidatos tinha mais afinidade com minhas ideias? Qual deles apresentava uma ficha limpa? Ficou mais fácil. Também conversei com alguns amigos, incluindo Ricardo França, que me deixou mais confiante da minha decisão.
No contexto da cidade administrada por um mesmo grupo há mais de 30 anos; apesar de Indaiatuba ser reconhecida por parte da mídia como uma cidade com ótima qualidade de vida, você consegue enxergar modernidade e inovação numa administração cujo foco é crescer, porém, com problemas pertinentes e que não se resolvem há três décadas como, por exemplo: A dinâmica no atendimento da Saúde, a melhoria no trânsito, o abuso do pedágio, e até a falta de água?
Indaiatuba é uma cidade reconhecida publicamente por suas qualidades, mas quando falamos de dinâmica e modernidade, ainda há muito que melhorar. Partindo do princípio do desenvolvimento com inovação, 30 anos de poder tem demonstrado acomodação. Isso faz com que problemas que poderiam ser solucionados com tecnologia e mão de obra profissional e capacitada, por exemplo, continuem graves e sem solução.
Além disso, o crescimento demográfico tem se dado sob uma ótima campanha de marketing que traz um slogan com a promessa: “A melhor cidade para se morar do Brasil”. A estratégia tem funcionado, trazendo um grande fluxo de novos moradores, porém, muitas das propagandas não representam a realidade da falta de estrutura para esse crescimento acelerado. A princípio, o impacto positivo da divulgação em rede nacional atingiu apenas o mercado imobiliário, mas causou um pico além do previsto da inflação em Indaiatuba, dificultando a vida do cidadão que depende do salário, que não acompanhou a propaganda, para pagar transporte público, aluguel, alimentação ou que sonha com a casa própria.
O mundo mudou, as estratégias de gestão se modernizaram e Indaiatuba patina nesse conceito porque há muitos compromissos políticos e pessoais amarrando seu crescimento. O eleitor precisa inovar na sua escolha na urna para que políticos mais jovens, livres e independentes possam abraçar soluções coletivas com política públicas mais eficientes e que transformem a vida de todos.
Otimização de processos, empresas inteligentes, inteligência artificial, aplicativos, conhecimento globalizado de empreendedorismo e comunicação. Em sua opinião, há uma capacidade de gerar uma mudança concreta na administração das cidades por meio da tecnologia? Por que você acha que com uma receita tão robusta, a tecnologia de ponta ainda não alcançou a gestão pública de Indaiatuba?
Como graduado na área da informática, eu acredito fortemente que a tecnologia tem o poder de transformar a gestão pública das cidades. Uma de minhas ideias é contribuir para modernizar o App Minha Indaiatuba, permitindo que os cidadãos façam apontamentos de problemas na cidade de maneira rápida e prática, utilizando apenas o celular e a geolocalização. Por exemplo: Se houver um buraco na rua ou uma lâmpada queimada em um poste, basta enviar uma foto pelo App e a localização será automaticamente capturada e direcionada para o setor responsável. Isso criaria uma lista organizada de atendimentos, agilizando a resolução dos problemas com transparência e melhorando a qualidade dos serviços prestados à população. Outro recurso importante é o botão de pânico, pensado especialmente para a segurança das mulheres. Com um simples toque o celular seria conectado diretamente ao COI (Centro de Operações e Inteligência), que receberia a geolocalização daquele aparelho e abriria uma chamada de vídeo com um GCM treinado que seguiria com a viatura para prestar o socorro.
Na real, é incompreensível que com uma receita tão robusta, ainda não dispomos de tecnologias de ponta para administrar a cidade. Acredito que isso se deva à falta de transparência e a falta de pessoas preparadas para aplicar os recursos, o que faz o Executivo se prender a práticas ultrapassadas e deixar passar a chance de se modernizar, perpetuando uma burocracia conveniente a muitas contratações desnecessárias e prejudicando os serviços oferecidos à população.
Só para ilustrar, recentemente, vi uma reportagem sobre drones autônomos sendo utilizados para monitoramento de segurança em cidades, sobrevoando bairros e auxiliando na identificação de criminosos. Por que não implantar algo semelhante em Indaiatuba? Precisamos de uma gestão pública que veja a tecnologia não como um custo, mas como um investimento essencial para o futuro da cidade.
Algumas cidades do Brasil, que são consideradas de alta qualidade para se viver, têm sido escolhidas por empresas internacionais como fonte de investimento educacional e tecnológico. Em sua opinião, Indaiatuba que soma alguns critérios importantes, poderia se transformar num polo de educação voltado à tecnologia, e sair na frente nesse quesito? Qual seria a contribuição do futuro vereador Renan para isso?
Com certeza! Indaiatuba tem potencial para se transformar em um polo de educação avançado e voltado à tecnologia. A cidade já conta com uma localização geográfica favorável (perto do aeroporto, excelentes rodovias de acesso, indústrias renomadas, porto seco, a 80 km de São Paulo…). Também dispõe de instituições de ensino técnicas e bem equipadas, conta com muitos jovens preparados de boas escolas. Só falta direcionar esse potencial para o setor educacional e tecnológico.
Minha contribuição como vereador seria sugerir uma comissão de trabalho para buscar parcerias público-privadas que promovam a criação de centros de tecnologia e inovação, além de buscar investimentos para escolas técnicas e programas de capacitação voltados às áreas de TI, engenharia, robótica e empreendedorismo. Incluir disciplinas como programação e empreendedorismo no currículo escolar das escolas públicas também faria parte desse processo. Além disso, gostaria de propor uma política de isenção de impostos para startups tecnológicas que se instalarem em Indaiatuba. Isso estimularia o crescimento de novos negócios, fomentando a inovação e criando um ecossistema tecnológico. Com a isenção, Indaiatuba se tornaria mais atraente para os investidores e para startups, que são motores de inovação e crescimento econômico. Indaiatuba tem tudo para ser um polo de inovação e educação tecnológica, e minha meta é somar para que tenhamos as condições necessárias para atrair esses investimentos e preparar nossos jovens para esse tipo de futuro.
Jovens, novas ideias, opinião, trabalho de verdade, ou seja, uma participação mais entusiasmada na vida pública e na Câmara Municipal. É o que o eleitor espera de um vereador. Como você se vê na Câmara em dois anos?
Aqui estamos lidando com uma questão que vai além da motivação. A participação dos jovens na vida pública é essencial para trazer novas ideias e uma visão renovada sobre os desafios da cidade. Nós temos uma perspectiva mais conectada às tendências globais de inovação, tecnologia e sustentabilidade, e precisamos ser ouvidos e integrados às discussões políticas. Como vereador, quero criar um ambiente onde os jovens se sintam acolhidos e que tenham apoio para fazer a diferença. Promover políticas públicas que incentivem a participação ativa dos jovens na Câmara Municipal é algo que não se dá do dia para noite; trata-se de um trabalho de base dentro da Educação. Infelizmente, o jovem de hoje não tem interesse pela política, e está desacreditado dela por diversos fatores, incluindo sua formação acadêmica que não contempla pensadores independentes. Mas esse é outro ponto…
Em dois anos, eu me vejo como um servidor ativo na Câmara. Quero estar comprometido e sempre presente nas discussões que realmente importam para a população de Indaiatuba. Quero ser um vereador que não só apresenta propostas, mas que acompanha sua execução, fiscalizando efetivamente e cobrando resultados. Acredito em uma atuação transparente, onde o diálogo com os demais vereadores, o executivo e os cidadãos seja constante, ouvindo e trabalhando para transformar as demandas em soluções práticas.
Também me vejo como um facilitador de inovações, usando meu conhecimento para levar tecnologia e modernidade para a gestão pública, além de um olhar essencial para a Saúde, Educação e Segurança. Enfim, quero ser lembrado por uma atuação dinâmica e focada em resultados; e que mantém o compromisso de melhorar a vida das pessoas.
*Imagem Robson Senne
ES – 17/09/2024