DEPOIS DA PANDEMIA, SÓ O FIM DA GUERRA PODE FAZER A INFLAÇÃO NÃO CONSUMIR O BRASIL E O MUNDO
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março 16, 2022A China, onde o vírus foi detectado pela primeira vez no final de 2019, seguiu uma política restrita de “COVID ZERO” com bloqueios, restrições de viagem e testes em massa quando encontra novos focos. De nada adiantou. No domingo (13), o país asiático registrou 3.939 casos de Covid-19, o número mais alto nos últimos 24 meses na china. As populações de várias cidades foram confinadas por surtos do vírus, informou a Comissão Nacional de Saúde daquele país.
Devido ao surto, os bairros foram isolados um a um em Xangai, a metrópole mais populosa da China. Shoppings, restaurantes e escolas foram fechados. Na região de Shenzhen, na fronteira com Hong Kong, 17 milhões de pessoas foram isoladas depois que 66 casos foram identificados. Outras 19 províncias enfrentam surtos das variantes Ômicron e Delta do Coronavírus.
MEDIDAS EXTREMAS
O que o governo chinês tem imposto desde o começo da pandemia, causa cansaço entre a população e há dúvidas sobre a sua eficácia. Yanji, uma cidade de 700 mil pessoas na fronteira norte-coreana, também entrou em quarentena. E na cidade de Jilin, os habitantes de centenas de bairros foram parcialmente confinados, anunciou um funcionário municipal no domingo.
São dois anos de pandemia, aprendizados sobre isolamento, vacinas e trabalho remoto, além de tratamentos e prevenção. Os moradores de Jilin completaram seis rodadas de testes em massa, dizem as autoridades. Mesmo assim, neste domingo, a cidade registrou mais de 500 casos da variante contagiosa Ômicron.
Claro que o número de infecções em um país de 1,4 bilhão de habitantes é pequeno quando comparado a outras nações. Mas segundo as autoridades sanitárias as ações tem sido ineficientes para conter o vírus que poderá causar um caos de guerra civil na China.
“Os mecanismos de resposta de emergência em algumas áreas não são robustos o suficiente, não há compreensão suficiente das características da variante Ômicron, e houve decisões equivocadas”, disse Zhang Yan, autoridade de saúde da província de Jilin. Consequência, o prefeito de Jilin e o chefe da comissão de saúde de Changchun foram removidos de seus cargos no sábado, informou a mídia estatal, um sinal da dura política imposta pelas autoridades locais para combater os surtos.
Até agora, a China conseguiu manter os casos de Coronavírus baixos graças a medidas draconianas, mas a exaustão afeta o país cada vez mais, o povo e derrubam até a Bolsa, no momento em desvantagem se comparada as da Europa. Sem contar a guerra entre Rússia e Ucrânia, que exige um posicionamento de uma China “Comuno/Capitalista”, indecisa quanto suas estratégias de apoio ao tradicional aliado russo.
MEDIDAS MAIS BRANDAS PARA EVITAR A QUEBRADEIRA
Agora, algumas autoridades estão defendendo medidas mais brandas, ao mesmo tempo em que economistas alertam para danos à economia devido aos confinamentos.
A cidade de Hong Kong tem atualmente uma das maiores taxas de mortalidade do mundo pelo vírus, com a Ômicron atingindo sua população majoritariamente mais velha ainda relutante em ser vacinada. Milhares de expatriados também deixaram a cidade, principalmente devido ao fechamento de escolas e severas restrições que reduziram qualquer reunião ou movimento a quase zero.
OPINIÃO: A conta da COVID-19 tardou, mas não faltou chegar para China. Desde o inicio da pandemia, há dois anos, a China não havia sentido na pele o que a negligência com um de seus laboratórios provocou no mundo. Diante do aumento de casos, a autoridade sanitária chinesa anunciou na sexta-feira que introduziria o uso de testes rápidos de antígenos, o que pode indicar uma forma de flexibilização da política de saúde do Partido Comunista. Na semana passada, um importante cientista chinês disse que o país deveria tentar viver com o vírus, como outros países fizeram. Mas o governo não descartou a possibilidade de recorrer a bloqueios rigorosos. “Pois é”… Pra não dizer: “chupa China!”.
*JPN
*Imagem Google
ES – 15/03/2022