UM BRASIL QUE O BRASILEIRO PRECISA ENXERGAR
junho 10, 2021PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DE 18 A 37 ANOS SERÃO VACINADOS CONTRA COVID-19 NA SEGUNDA-FEIRA (14)
junho 11, 2021Embora o número de mortos em Indaiatuba tenha aumentado muito nas últimas semanas, embora também o colapso no HAOC, UPA e Santa Inês estejam no cerne das preocupações, e que a contaminação cresça desenfreadamente fazendo coro com a falta de orientação da administração pública no controle da doença, a piora da pandemia da Covid-19 no interior de São Paulo não é exclusividade nossa.
Nesta quinta-feira, 10, Araraquara, por exemplo, bateu recorde de novos casos em um único dia desde o início da pandemia. Foram 281 diagnósticos positivos em 24 horas. O prefeito Edinho Silva não descarta um novo lockdown, estratégia utilizada pelos que não conseguiram controlar a doença da forma mais simples: Tratando aos primeiros sintomas.
Com exceção de Araçatuba, Baixada Santista e Grande São Paulo, todas as regiões do Estado têm mais de 80% de ocupação nas unidades de terapia intensiva. Em sete delas, essa taxa supera 90%. No último informativo da prefeitura, uma equipe desesperada anunciava 100% de ocupação em leitos e UTI’s, há vários dias seguidos, em Indaiatuba.
O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse ontem que os prefeitos estão sendo NOVAMENTE notificados para o cumprimento das regras sanitárias. “Todas as medidas sanitárias devem ser garantidas à população de todo o Estado, em especial essas regiões que correm o risco de colapso da sua Saúde se a circulação do vírus for maior e o comprometimento da saúde da sua população necessitar muito mais vagas de UTI.” A declaração foi dada em evento na Assembleia Legislativa de São Paulo, para anunciar a destinação de mais de R$ 155 milhões de emendas para investimentos na área.
O descontrole e a falta de pro atividade da grande maioria dos prefeitos paulistas politizou o tratamento imediato. Em Indaiatuba, por exemplo, não se aplicou os recursos do Governo Federal na compra do protocolo e sua distribuição ao menor sinal de sintomas, o que levou a equipe de Saúde, apesar do esforço, a erros sequentes ao longo dos meses. Nesse contexto, a falta de controle nas entradas e saídas da cidade no início da pandemia, a falta de testagem por bairros e a falta de organização na divisão dos contaminados com hospital de campanha, os Indaiatubanos veem assombrados a cidade considerada “maravilhosa” padecer por falta de leitos, UTI’s, equipamentos, macas, pessoal especializado, médicos, distribuição de protocolo de medicamento e até de organização. Afinal, não é de hoje que faltam médicos em Indaiatuba e um hospital público, mesmo com uma arrecadação tributária de excelência se comparada a cidades até maiores. A verdade é que a Saúde por aqui, mesmo razoável na comparação geral, sempre foi deficitária no que tende a sua administração versus arrecadação.
O PLANO INDAIATUBANO CONTRA O VÍRUS
Em Indaiatuba houve um desequilíbrio no controle da pandemia desde o seu início. As autoridades políticas e sanitárias não deram à devida atenção as entradas e saídas da cidade mesmo tendo um aeroporto internacional como vizinho, o que fez a chegada do vírus muito mais rápida e silenciosa, já que Indaiatuba é uma cidade dormitório de funcionários da aviação nacional e internacional. Muito menos controlaram o acesso de população residente de finais de semana, que trouxeram o vírus na bagagem o distribuindo para comércios e serviços. Ou seja, sendo Indaiatuba uma cidade que atrai investidores e toda sorte de gente pelas mídias nacionais, o mínimo a ser feito seria fechar as entradas e se aferir febre, impedir e controlar o acesso dos doentes.
Destaco aqui o Tratamento Preccocce – ou Imediato, independente de Clorokinna que poderia ter sido distribuído por senha, em um único posto, ao primeiro sinal da COVID-19 (febre – dor de cabeça – dor no corpo – diarreia – dor de garganta). Sendo o brasileiro um ser acostumado a automedicação, uma semana de antibióticos, antitérmicos e antiparasitas e vírus, além de vitaminas, não faria mal a ninguém e poderia, segundo teoria, ter salvo pelo menos a metade dos quase 600 mortos, (mesmo eu acreditando que isso não fosse possível, porque ninguém morre de véspera – mas essa já é uma outra conversa). O fato é que se poderia ter feito mais e melhor numa cidade com as condições econômicas de Indaiatuba, independente das teorias porque, nesse caso, MAIS SALVA. Mais hospitais de campanha, mais médicos e mais medicamentos. Dinheiro tinha.
VACINAS E IRRESPONSABILIDADE
Por outro lado, muito me admira a maioria das pessoas que reclama, mesmo que com direitos, exigirem mais do sistema de Saúde e da Administração da cidade, mas se aglomerarem em bares e festas sem máscaras e protocolo de segurança ou ainda deixarem de tomar a segunda dose da vacina porque preferiram viajar. O óbvio, é que todos colaborem e respeitem as regras incluindo comerciantes e principalmente população. Mas parece que não é o que tem acontecido com os indaiatubanos. Sim! Todos nós estamos cansados, mas há de se ter bom senso.
Sou completamente a favor de priorizar a “imunização” daqueles que de fato querem se vacinar em detrimento dos que estão sendo obrigados e não tem vontade de fazê-lo, por vários motivos pessoais, mas concordo que grupos de risco e profissionais da linha de frente sejam priorizados e até obrigados, afinal, o Governo Federal investiu milhões de dólares no programa de vacinação urgente e em massa para salvar aqueles 90% que acreditam que a vacina fará o milagre de acabar com o vírus chiNês, de preferência com a vacina deles. (parece piada).
A ironia de tudo isso é que as vacinas não são garantia de não ser contaminado e até de morrer, vide o Chile com um ritmo acelerado de vacinação (45% da população vacinada), e anuncia um novo lockdown porque se estima que só 75% dos chilenos estejam de fato imunizados com CoronaVac.
Enfim, tratamento imediato e vacinas, juntos, são o que temos pra hoje e deve ser amplamente considerado sem política, negacionismo ou discussão. Até porque, o Brasil está emburrecendo, não só pelos quase dois anos de afastamento de crianças e jovens da escola, mas pelas consequências de uma política que segue embrutecendo o homem, dividindo a Nação e impedido a convivência civilizada, e os efeitos que esse conjunto de fatores tem causado tem gerado uma nova era de seres humanos bem estranhos. Até 2022 espero que com a vida voltando ao normal sejamos um povo que compartilha mais, trabalha mais, seja menos ganancioso e egoísta, ouça mais e fale menos, até porque não está fácil ser brasileiro.
Assim, tudo indica que a atual Administração Pública de Indaiatuba pecou em não ouvir os anseios da população, os médicos e especialistas, tratando o problema pandemia internamente como arma política na última campanha eleitoral. O saldo dessa ação que parecia apenas ser perpetuar uma liderança está aí: Uma cidade perdida que nem o dinheiro pode coloca-la rapidamente nos trilhos. Vai precisar de alguém que tome as rédeas da situação da saúde que hoje está determinando quem vive e quem morre na atual situação.
O Governo Federal está fazendo sua parte. Estado de Calamidade Pública sem ação diferenciada pede INTERVENÇÃO. Não se pode apoiar uma administração que quer comprar sem licitação até o final do ano sem um programa de reinicio eficiente. AS PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR: ONDE ESTÁ O PROJETO? QUEM VAI CONTROLAR TUDO ISSO?
ES – 11/06/2021
5 Comments
Parabéns pela reportagem. Concordo plenamente com você. O que percebo é que parece que as pessoas pararam de raciocinar!
Verdade
OBRIGADA!BJ
😉
😉