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Com o passar dos séculos, o sexo assumiu diferentes roupagens, todas correspondentes aos costumes de suas respectivas épocas. Dos haréns aos quartos privados, a história do sexo já passou por diversos ambientes, sem contar os muitos contextos. Cada povo em sua era e com suas crenças tinham diferentes interpretações sobre as relações íntimas entre as pessoas.
De acordo com a época, o comportamento sexual nos mostra como os tabus que conhecemos hoje em dia foram, de fato, construídos ao longo de muitos anos. Da mesma forma, a história revela como o sexo foi influenciado por mudanças sociais.
SÉCULO 5 A.C. – A VIRGINDADE
Entre os gregos, as mulheres aparecem em desenhos apenas em posições inferiores, a homossexualidade era amplamente praticada e o símbolo da arte do sexo era Ártemis – a deusa ligada à fertilidade e à natureza. Por ser uma deusa virgem, diz a lenda que despertava o interesse de muitos deuses e homens.
SÉCULO 1 – ANTES DA CULPA
Na Roma antiga, o sexo era um presente dos deuses. Como na Grécia, esculturas e pinturas de posições sexuais e símbolos fálicos eram comuns. Escravos faziam sexo em troca de favores e a homossexualidade era aceita, já o sexo oral e entre mulheres, não. O tabu dessa época era a obrigatoriedade do lado passivo da relação não ser de classe inferior ao ativo. Contudo, conforme a história revela a regra não era totalmente respeitada entre quatro paredes.
ANOS 315 – SEXO E CULPA
Após o cristianismo se tornar a religião oficial de Roma, o celibato passa a ser pregado. Santo Agostinho (354-431), um dos mais influentes teólogos e filósofos na época, toma o sexo como maldito e coisa do demônio — ajudando a consolidar a crença de que sexo oral e sexo anal eram “crimes piores” do que o adultério.
SÉCULO 10 – MONOGAMIA
A monogamia passa a ser comum nesse século. Além do cristianismo, o fato de a maioria das pessoas viver no campo e em pequenos grupos, além do medo do “pecado”, contribui para relações monogâmicas. Relações de incesto entre irmãos – uma prática quase corriqueira na Idade Média, na tentativa de evita que a linhagem sanguínea fosse modificada – são cada vez mais proibidas.
SÉCULO 13 – O ALVO ERAM OS GAYS
Durante a Idade Média, códigos penais referentes ao comportamento sexual pouco tratavam de homossexualidade. Os gays viraram alvo da Igreja Católica no século 13, quando o frade e teólogo Tomás de Aquino (1227-1274) viu o comportamento como um ato contra a natureza humana — assim, condenável por Deus.
ANO 1.900 – A CIÊNCIA
Com o surgimento da teoria da sexualidade do pai da psicanálise, Sigmund Freud, o sexo é estudado cientificamente. Para ele, a lembrança de experiências sexuais e a repressão (especialmente entre as mulheres) seria a causa de graves problemas psicológicos. É quando a culpa começa a se desconectar do sexo.
ANO 1.948 – O RELATÓRIO KINSEY
Estudos do zoólogo Alfred Kinsey mostram que a heterossexualidade monogâmica era apenas uma entre oito formas de comportamento sexual dos norte-americanos (como poligamia, o sadomasoquismo e a zoofilia, por exemplo). Suas conclusões escandalizaram os americanos e lançaram a ideia de que, na cama, é normal ser diferente.
1.960 – O AMOR LIVRE
Jovens pregam o amor livre e o sexo sem culpa ou sem compromisso, especialmente entre as mulheres. Nessa década, o prazer feminino passa a ser debatido e a camisinha e a pílula anticoncepcional se popularizam, desvinculando o sexo da gravidez. Com o consumo mais livre das drogas e do álcool, o sexo livre faz surgir o mercado dos sex shops e das revistas pornôs.
*Aventuras na história – Curiosidades
*Imagem Google
ES – 24/03/2023