O nome, Madonna, ainda remete a certa profanação, e, a rainha do POP Star, mesmo em idade avançada, mantém seu desprendimento e sua vulgaridade retrô carnal, que representaram uma geração de mulheres que acabava de queimar seus sutiãs.

Nem todo mundo desaprova esse comportamento de Madonna, ao contrário, muitos veem com olhos artísticos, outros com olhos mundanos e grande parte dos apreciadores comemora o antigo exemplo de promiscuidade da cantora, que revela uma total liberdade sexual. Sim, Madonna foi o ícone sexy dos anos 80/90 para uma geração que acabava de sair do recato. E embora seu comportamento público e duvidoso ainda possa chocar alguns, ela é meio “café com leite” diante das transformações dos últimos anos, trazidas pela liberdade de gênero, em todo mundo.

Sobre a orgia…

A orgia é capaz de despertar interesse na maioria das pessoas por se tratar de algo que todos necessitam: Sexo. O significado da palavra orgia carrega diversas manifestações que atingem os nossos conceitos fechados e ferem os praticantes dos bons costumes. Exatamente isso, a orgia tem algo de proibitivo, de clandestino e ela é capaz de arrancar um sorriso malicioso, cafajeste ou curioso ao ser mencionada.

As práticas orgiásticas tiveram diversas caras e conceitos, passaram por muitas transformações e ainda assim permaneceram durantes os séculos. Elas mudam assim como qualquer prática que possui uma historicidade. Ao longo dos tempos com o preconceito quase sempre existente, com importantes mudanças políticas e de sociedade, a orgia foi amadurecendo e se solidificou como o escape da dura rotina de alguns grupos. Abordar esse tema, orgia, na segunda década do século XXI ainda é se deparar com diversos mitos, histórias fantásticas e flagrantes que enriquecem esse universo.

A orgia não teve esse caráter proibitivo e cruel em sua origem, com os gregos. Esse povo fez questão de tratar a prática da forma mais natural e bela possível, desde o papel da mulher na sociedade grega até as mais puras formas de prazer. É o que retrata a arte contemporânea.

Essa imagem de um povo que caminha nas nuvens orgásticas não se refletiu apenas nas práticas sexuais, mas na filosofia e na política. De forma intrigante, os romanos e os gregos aparecem sexualmente luxuriosos, mas alguns obcecados pela crueldade sexual como Calígula, Cláudio e Nero personagens que marcaram a história como seres perversos, extravagantes e que se achavam deuses perante os demais.

A história antiga e egocêntrica dos gregos e romanos pontua agora de forma peculiar e cenográfica a ação da cantora Madonna que se comunica com um público cuja maioria, provavelmente, nunca praticou a orgia de fato, mas aplaude aqueles artistas que, inconscientemente, repetem comportamentos para chama a atenção sem entender bem o porquê.

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