“VOCÊ SABE COMO ME FAZER FELIZ…” FÁBIO JR. NO CLUBE 9 DE JULHO
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setembro 20, 2023OPINIÃO: Minha proposta aqui não é condenar nenhum funcionário público ao escárnio, até porque, eu mesma já disse muitas vezes que mesmo não sendo tão bom, o atendimento do hospital Augusto de Oliveira Camargo ainda está há anos luz de muitos hospitais espalhados pelo Brasil.
Mas as comparações com outros setores da administração municipal sejam eles econômicos, culturais ou sociais, chamam a atenção. Sim, muita maquiagem é igual a pouco resultado prático.
À medida que a propaganda avança, o equilíbrio fica ameaçado. Com a indiscriminada divulgação de que Indaiatuba é o paraíso – que não é – mais problemas se acumulam, e, é certo, a velocidade do desenvolvimento acelerado não combina com a propaganda. Posso citar os problemas mais graves com os quais os indaiatubanos convivem há anos: Falta de água, fornecimento de energia elétrica deficitário, saúde desestruturada, investimento zero em benefício dos comerciantes, e mais recentemente o trânsito. Parece que os indaiatubanos e os recém chegados ainda não encontraram uma boa receita para compartilhar os espaços públicos fora do Parque Ecológico. Sem contar a segurança, cuja a área também tem sido palco de pequenos delitos e coisas mais graves.
O trânsito é o fator que mais provoca atendimentos no HAOC. E os pacientes vêm de toda a região. E não é só para os acidentes de trânsito. O HAOC é referência do SUS em Indaiatuba, mas também é para toda a região: Cardeal, Elias Fausto, Monte Mor, Itupeva, Salto… Não há como se prever ou controlar a frequência de doentes atendidos pelo SUS em Indaiatuba; e esse acaba se tornando um problema grave.
10 HORAS DENTRO DO HAOC
Não vou falar de gentileza e educação no atendimento dos pacientes porque os últimos treinamentos devem ter dado certo. Os prestadores de serviços da saúde na rede pública é mais eficiente e cordato do que costumava ser num passado recente. O problema é mesmo estrutural. Faltam equipamentos importantes como tomografia, ressonância, raio X. A prestação de serviços mesmo sendo gentil é falha e imatura. Parece que os departamentos não se conversam e a maioria dos medicos demonstra ser muito jovem. A impressão que dá é que não há uma agenda, uma organização coordenada, tampouco trabalho em equipe. Quase todos têm boa vontade e trabalham mesmo na camaradagem. Por conta disso, não há sincronia no atendimento, falta seguir um procedimento.
Esse relato é uma experiência real. Na última segunda-feira, minha mãe de 83 anos caiu depois de uma tontura subida e quebrou o fêmur e o pulso. Ela tem convênio, mas foi socorrida na emergência do HAOC por onde ficou por cinco horas, no corredor da ortopedia, esperando por uma ambulância da Unimed, que também falhou.
Em pé e no meio do caos, na especialidade mais frequentada do hospital, eu pude ver de tudo. Por outro lado, pude observar o comportamento educado e paciente da maioria dos colaboradores. Inclusive dos socorristas da ambulância atrasada.
Trabalhar em meio ao caos não é nada fácil, reconheço. Mas penso que muita dificuldade ali pode ser ultrapassada com um pouco mais de comunicação entre as equipes e os coordenadores, atenção aos procedimentos, além de nunca dispensar a análise de um médico responsável antes de liberar o paciente. Fica aqui meu alerta.
ES – 19/09/2023