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setembro 5, 2024O advogado e apresentador do programa “De Olho na Cidade”, Celso Moreira Rocha Filho, de 47 anos, é casado, pai de família e vice-presidente do partido (REPUBLICANOS); além de fundador do Conselho de Pacientes Crônicos Renais de Indaiatuba.
Celsinho Rocha, como é mais conhecido, cresceu em Indaiatuba e é um de seus filhos mais pródigos. Quem vive na cidade há mais de 10 anos conhece suas origens familiares e acompanhou sua carreira que já abraçou a política por diversas vezes, o tornando suplente de vereador na Câmara Municipal, em uma de suas disputas políticas para o cargo.
Embora nunca tenha sido eleito diretamente para uma cadeira como vereador, Celsinho sempre esteve envolvido com a política local, participando como cidadão social ativo em diversos projetos. A novidade é que, desta vez, o advogado participa do pleito eleitoral como adversário da situação, compartilhando apoios e fazendo coligação com o candidato a prefeito do (PODEMOS) Bruno Ganem.
A pergunta que não quer calar: Por que você deixou a situação, depois de tantos anos disputando candidatura pela coligação da qual, do seu líder, você já foi tão próximo?
Com toda certeza, pela insatisfação quanto à forma como vem sendo administrada a nossa cidade. Venho demonstrando isso há mais de seis anos nos meus programas diários, inicialmente, na Rádio Jornal e depois na TV Sol, clamando publicamente pelo desespero no atendimento médico e hospitalar do SUS. Pacientes há horas esperando sentados no chão para serem atendidos numa simples consulta médica. Outros com mais complicações esperando, deitados em cadeiras nos corredores do hospital.
Então eu pergunto: Como compactuar com essa situação? Seria eu, então, mais um do grupo que administra nossa cidade que estaria concordando com tudo o que abomino e repudio?
E faço outra pergunta: Quem realmente administra Indaiatuba, o prefeito ou um grupo interessado e que tenta eleger um novo candidato para continuar a submeter-se aos ditames e interesses dos que há trinta anos estão no poder?
Você é um cidadão reconhecido pela sua participação social e política. Os indaiatubanos, principalmente os mais antigos, terão dificuldade em associá-lo a oposição. O que seu atual partido despertou em você para provocar essa mudança?
Eu acredito que não terei essa dificuldade com o eleitor. Fui despertado pelo (REPUBLICANOS) porque esse meu novo partido me apoia e enxerga minhas ideias. Já o eleitor sabe, e se não sabe, é só pesquisar.
A administração atual, dirigida pelo mesmo grupo político por mais de trinta anos, somente se preocupou em criar condomínios, e embelezar a cidade. Não que isso não seja bom para os cidadãos. Mas o que essa mesma administração fez, por exemplo, pelos mais humildes e dependentes do SUS? Nada! Há muito tempo a Saúde em Indaiatuba está na UTI. E quanto a minha participação, enquanto contribuição de ideias, nunca foi realmente considerada pelo grupo interessado no poder.
Outro exemplo: Se é possível conseguir recursos para um novo teatro, que nos custou 50 milhões; por que não há o mesmo esforço para conseguir recursos para a Saúde? E por que não se reformou o Estádio Esportivo ao invés de derrubá-lo? O esporte não merece a mesma atenção da Cultura? Aliás, a obra que se encontra bloqueada judicialmente, sob a acusação de ilegalidades no processo licitatório, tinha a promessa de construção de um novo Centro Esportivo com o mesmo custo, onde está essa obra? Eram muitas as minhas dúvidas nunca respondidas.
Em minha opinião, a atual administração deveria ter inquirido a população se preferia ir às novas obras de muleta ou cadeira de rodas, ou se preferiria continuar indo nas já existentes, andando e com saúde. Por que não se busca recursos para o que realmente é necessário com o mesmo afinco? E respondo: Porque o que dá provoca fumaça e dá voto é o circo.
Você considera o seu programa “De Olho na Cidade”, um marco para reconhecer pela fiscalização, os problemas reais do cotidiano de Indaiatuba, que poucas pessoas veem?
Sim! Eu faço o programa há mais de seis anos, sempre reivindicando de acordo com os anseios da população, principalmente os dos mais carentes onde a falta de infraestrutura é pertinente. Sou constantemente procurado pelos cidadãos que me trazem suas dificuldades, o que tento, na medida do possível, é amenizá-las. Entretanto, nunca pelo “jeitinho” – solicitando favores às autoridades constituídas – mas sim, procurando mostrar as condições lamentáveis dos cidadãos mais carentes. Sou insistente. “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. É lenda que em Indaiatuba não exista gente humilde a ponto de precisar muito de auxílio municipal. Meu mote no programa é: “Eu sou o Celsinho Rocha e aqui o seu problema é o meu problema”.
Durante suas rondas pela cidade, se comunicando com os cidadãos, quais foram os pontos em que você enxergou mais desafios, e que os eleitores poderão contar com sua atuação na Câmara, caso você seja eleito?
Eu ando muito pela cidade, principalmente nos bairros mais carentes. As reclamações são as mais diversas: Falta de asfaltamento e calçadas irregulares, falta de água nas torneiras, a situação indigna dos moradores de rua, enfim, muitas reclamações. Mas a que mais pesa é sobre a Saúde pública. É um total descaso e falta de respeito aos mais humildes que necessitam utilizar-se do SUS. Veja, a cidade tem uma receita razoável, deve-se ter um compromisso mais sério com a saúde do cidadão. Indaiatuba tem na Secretaria de Saúde uma pessoa que não é formada em medicina. Seria o mesmo que colocar na Secretaria de Justiça alguém que não tivesse formação jurídica, ou na Secretaria de Engenharia quem não fosse engenheiro. A administração de Indaiatuba precisa ser formada por Secretários Municipais técnicos e não cabides políticos. Mas isso irá mudar com a nossa nova gestão.
Com sua experiência na “bolha política” de Indaiatuba, você acha possível vencer a máquina pública que se apresentou nesses últimos 30 anos?
Sob esse ponto de vista – que precisa ser mudado – está à mercê da injustiça o funcionário público, concursado e com mais de 20 anos de serviços prestados, que tem vencimentos inferiores em mais de um quarto dos salários de um funcionário contratado como comissionado da Prefeitura.
E aí está uma grande atuação da máquina pública na campanha. Basta ir até o Paço Municipal e ver a quantidade enorme de carros adesivados com a publicidade do grupo da situação; carros daquelas centenas e milhares de pessoas que foram contratadas como comissionadas ao longo desses 30 anos pela Prefeitura, e com as quais os “políticos da bolha” conseguem manter o trabalho de campanha e o apoio. E não são poucos fazendo campanha abertamente para situação. Mas infelizmente, o cidadão comum não para pra pensar nisso quando dá o seu voto.
Caso você conquiste a cadeira na Câmara, com que estilo de vereador o eleitor poderá contar nos próximos quatro anos? Ousado e atuante como no seu programa?
No dia primeiro de janeiro próximo, estarei sendo empossado como vereador. E, sim, serei ousado e atuante como no meu programa na TV Sol. Mas com muito mais ênfase, porque estarei reivindicando direitos dos cidadãos na qualidade de funcionário escolhido pelo povo.
Só como parâmetro, tem-se como principal função do vereador a fiscalizadora, isso mediante o controle externo sobre o Executivo Municipal e de seus auxiliares. Ou seja, fiscalizar tanto a administração direta como a indireta. Dessa forma, normalizar, julgar e referendar atos concretos do executivo (o prefeito), inclusive as contas da Prefeitura, com total independência, é a principal competência de um vereador.
É certo que dentre essas atividades, um Legislativo, como funcionários do povo, deve interferir e participar das decisões igualmente no que diz respeito à Habitação, Educação, Segurança, Cultura, Trânsito, Esporte, Emprego, etc.
Contudo, minha plataforma prioritária será a Saúde. Indaiatuba precisa urgentemente de um novo hospital. As UPA’s têm de funcionar 24h por dia, com atendimento médico e laboratorial, e devem ser descentralizadas, com a criação de núcleos de atendimento nos bairros mais populosos. Precisa ainda, de um Centro de Atendimento a Pacientes Renais Crônicos. Indaiatuba tem direito a 130 equipes de médicos e enfermeiros de família, com folha de pagamento totalmente subvencionada pelo Governo Federal, mas tem somente 20 equipes. Assim eu pergunto: Por que a atual administração, no poder há mais de 30 anos, não tem interesse em utilizar-se desse atendimento que nada lhe custaria? Como vereador, eu me comprometo a atuar nessa reinvindicação para a pasta da Saúde, fazendo o que estiver ao meu alcance para Indaiatuba receber a totalidade de equipes médicas e de enfermagem de família, que são custeadas em sua integralidade pelo Governo Federal.
Resumindo: Como justificar que um dependente do SUS em Indaiatuba tenha que esperar por mais de trinta dias para uma consulta médica, cerca de três meses para um simples exame laboratorial, seis meses para um exame de imagem e anos por uma cirurgia? Isso é o que acontece com quem não é “amigo do amigo do meu pai”.
Um bom vereador já deveria ter proposto uma Lei, com apoio de 100% dos parlamentares, que regulamenta o tempo de espera para atendimentos médicos e odontológicos do Município. O que diminuiria consideravelmente o tempo de espera sob pena de, na impossibilidade do Município não poder atender no tempo estipulado, seja obrigado, sob sanções severas, a enviar o paciente, sob suas custas, para atendimento por médicos ou hospitais particulares.
Penso que indo por esse caminho estarei fazendo a minha parte.
ES – 04/09/2024