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fevereiro 16, 2024Um bom apreciador de vinhos já deve ter observado que nenhuma bebida no mundo tem o poder de trazer com ela tantas informações, ressaltar rituais, procedência e enigmas, como o vinho. No entanto, podemos apenas saboreá-lo. O vinho além do prazer contido na taça se apresenta com total flexibilidade, podendo ser saboreado com seus mistérios ou apenas fazer a escolha do rótulo de acordo com o gosto pessoal e bebê-lo simplesmente, afinal é isto que ele é: Uma bebida. Porém, muito especial e marcante.
Os vinhos com maior acidez duram mais tempo?
A acidez nos vinhos é um critério decisivo para saber se a bebida tem potencial para envelhecer. Segundo os enólogos e especialistas em envelhecimento, os vinhos brancos são os principais beneficiados pela acidez, já que muitos deles podem ser envelhecidos. No caso dos tintos, os taninos – substância que está presente na casca, engaço e semente das uvas e que provoca sensação de secura na boca – o nível de acidez também pode fazer com que o ele dure mais tempo. Além disso, em ambos os tipos de vinho o nível de álcool complementa esse potencial.
A cor fala muito sobre um vinho?
Sim, todo aquele tempo que se passa admirando a taça e tentando ver as diferentes cores ali, compensam. Baseado na coloração pode-se descobrir a idade da bebida, por exemplo: Vinhos tintos tendem a perder a sua pigmentação com o tempo. Essas cores podem variar do violáceo, passando pelo vermelho e o rubi até chegar num tom amarronzado. Ao contrário dos vinhos brancos que ganham cor com a idade, iniciando em tons mais esverdeados, passando pela cor palha mais escuro, pelo dourado, até chegar aos tons mais amarronzados.
A maioria dos vinhos provém de apenas uma espécie de uva?
O rótulo traz vários nomes: Chardonnay, Merlot, Cabernet, Cabernet Sauvignon, Malbec, Carménère… No fundo, a Vitis Vinífera é a mais utilizada no mundo todo, porque dela partem todas essas outras variáveis que em algum momento já se ouviu falar. Um vinho pode passar anos em barricas antes de ser engarrafado. Parte do processo da bebida é deixá-la em barricas de madeira (normalmente carvalho) para ser fermentado. Mas há ainda a possibilidade de voltar para as barricas depois desse processo. Com isso, ocorre um maior amadurecimento da bebida.
Por que em barril de carvalho?
É o tipo de madeira mais utilizada mundialmente por conta da sua maleabilidade, impermeabilidade e resistência. São utilizados predominantemente, dois tipos de carvalho: O francês e o americano, além do esloveno e russo, em quantidades menores. E é importante essa escolha porque a tostagem interna do barril reflete no sabor do vinho.
O que mais é preciso saber sobre vinhos?
De acordo com dados do Ibravin – Instituto Brasileiro do Vinho, 70% da produção mundial de uvas é destinada à produção de vinhos. No Brasil, a produção é de um milhão de toneladas de uva, da qual 45% é destinada para fazer bebidas que vão dos sucos aos vinhos. Já nos países europeus, a porcentagem é ainda maior: 85% da produção é destinada à elaboração da bebida alcoólica.
Quanto a separação, ela é feita por tipo de fabricação: Espumante é todo o vinho que passa por uma segunda fermentação para a geração de gás carbônico, ou seja, as famosas bolinhas do espumante. Fortificados são aqueles que levam aguardente vínica, obtida da destilação de vinho. O álcool desses vinhos ultrapassa a média comum e atinge entre 17% e 22%, e podem ser doces ou secos. Os vinhos tranquilos são os que não se encaixam nem como espumante e nem como fortificados.
*Ibravin
@katanavinhos
ES – 09/02/2024