
UM RESPALDO E TANTO PARA O PRESIDENTE DO BRASIL
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setembro 8, 2021POSIÇÃO DE LIRA SOBRE 07 DE SETEMBRO APONTA QUE IMPEACHMENT DE BOLSONARO NÃO SE SUSTENTA NO CONGRESSO
Depois do sucesso das manifestações de 07 de setembro em diversas capitais, principalmente em Brasília e São Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez um pronunciamento e reforçou a percepção de lideranças do Congresso de que, neste momento, apesar da mobilização de alguns partidos políticos de centro, como o PSD, o PSDB e o Solidariedade, a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro ser alvo de um processo de impeachment é residual. Na avaliação de um correligionário, a fala do parlamentar do PP “jogou água no chopp” de um grupo de congressistas.
Alguns deputados próximos a Lira, que enxergam diversos crimes de responsabilidade ao longo do mandato Bolsonaro, dizem que a decisão sobre a abertura de um processo de impeachment depende, sobretudo, de condições políticas, como a presença massiva de opositores do governo federal nas ruas. O que está longe de ser o que se apresenta, haja vista o sucesso das manifestações a seu favor com apoio as pautas que apontam para mudanças drásticas. Porém, reservadamente, parlamentares também afirmam que, enquanto tiver o controle de um montante expressivo em emendas, o que lhe garante influência junto aos pares e pode pavimentar seu caminho na busca pela reeleição para o comando da Casa, por exemplo, o presidente da Câmara dos Deputados não irá se voltar contra o mandatário do País. “Isto não quer dizer que o Centrão não pensa em pular do barco. Mas significa que, por ora, o governo ainda tem o que oferecer”, resume um aliado.
Para o deputado federal Fábio Trad (PSD-MS), embora Bolsonaro ainda tenha maioria no Parlamento, a articulação dos partidos políticos é necessária. “A leitura que faço é que o discurso do presidente da República está tipificado na lei que estabelece os crimes de responsabilidade. Ninguém pode se arvorar ao direito de descumprir uma decisão judicial. A mobilização dos partidos, além de necessária, é um dever ético. Caso contrário, os partidos estarão sendo cúmplices de sublevação, de desobediência. Se o presidente pode descumprir uma ordem do STF, o governador não pode descumprir decisão do STJ? O cidadão comum não pode descumprir uma determinação do juiz de primeira instância? Precisamos de uma reação em defesa da coesão social, da estabilidade, da vida em comunidade. É preciso que haja mais celeridade na mobilização dos partidos. O tom precisa ser mais assertivo. Vi muitas notas em defesa do Estado democrático de Direito, mas sem proatividade e sem perspectiva de ação. A cada postergação dos partidos do campo democrático, o presidente avança uma casa”, afirmou à Jovem Pan.
OPINIÃO: Bolsonaro caminha sobre ovos, e entre desagradar o povo e conquistar a confiança de uma maioria política, ele joga tentando neutralizar os contras e legitimar suas ações através das exigências das ruas. Assim, o que muitas vezes pode ser Moral nem sempre será Legal, ou está fora dos limites impostos pelos ministros do Supremo. Com a situação, há uma instabilidade econômica que pode fugir ao controle e provocar uma crise ainda maior alimentada por uma inflação cujo povo pode não suportar. É pagar pra ver até onde vai um presidente que, mesmo tendo de manter o povo ao seu lado, nada tem a perder.
*informações PANFLIX / Fotos: Carla Zambelli
ES – 08/09/2021
- O POVO LEVOU SUAS PAUTAS PARA AS RUAS