O Projeto Aedes do Bem™ que provou ser eficaz no controle da Dengue em ambientes urbanos, realizado em Indaiatuba em parceria com a empresa criadora Oxitec Brasil, foi reconhecido internacionalmente pelas boas práticas no combate à proliferação do mosquito da dengue, pela OMS – Organização Mundial de Saúde.

O município foi citado em documento oficial publicado no último mês de maio, (na página 9) e registra uma tecnologia específica desenvolvida pela empresa para induzir o mosquito Aedes aegypti fêmea a gerar apenas mosquitos machos, considerados inofensivos aos seres humanos. GUIDANCE FRAMEWORK FOR TESTING GENETICALLY MODIFIED MOSQUITOES – SECOND EDITION – (Uma estrutura de orientação para testar mosquitos geneticamente modificados).

O projeto pioneiro que foi desenvolvido pela Oxitec sem custo algum para o município, na prática, acondiciona os ovos do mosquito em caixas plásticas recicláveis, às quais é acondicionada uma pequena quantidade de água, criando um microambiente de onde os mosquitos machos da Oxitec emergem e se dispersam para acasalar com Aedes aegypti fêmeas do tipo selvagem. Do acasalamento, são produzidos apenas machos que são seguros, não picam e irão continuar o trabalho de controle da população dos mosquitos transmissores da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela.

Esta é a primeira tecnologia de controle do Aedes aegypti baseada em insetos que pode ser fabricada de maneira simples em instalações centralizadas e, em seguida, despachada, armazenada e implantada conforme demanda, sem a necessidade de equipe especializada ou equipamento especial.

MAIS RECURSOS PARA O AEDES DO BEM™

A Oxitec anunciou que recebeu US$ 6,8 milhões (cerca de R$ 38 milhões) da Wellcome Trust, uma das maiores fundações de caridade do mundo, para financiar programas de aumento de escala da sua tecnologia Aedes do Bem™ no Brasil. Com base no desempenho positivo da tecnologia no País nos últimos três anos, esse montante financiará o trabalho da Oxitec em diversas inovações. Entre elas, o aumento de escala da produção, assim como aprimoramento das soluções e das metodologias utilizadas com foco na redução de custos e melhoria da acessibilidade para a disponibilização da tecnologia em comunidades que sofrem com doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O investimento também cobrirá um projeto-piloto de dois anos no Estado de São Paulo, que permitirá à Oxitec avançar com sua tecnologia em ambientes urbanos propensos à dengue. Indaiatuba novamente foi o local escolhido pela empresa para abrigar este projeto.

DADOS EM INDAIATUBA

Em abril deste ano, Indaiatuba ocupou a posição de cidade com menor número de casos de Dengue entre os municípios com mais de 200 mil habitantes da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Os dados foram analisados pela Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) entre os dias 1 de janeiro e 28 de abril. A cidade que tem uma população estimada em 256 mil habitantes (dados IBGE), apresentou ao todo 19 casos de dengue no período, número inferior a Americana, que registrou 71 casos positivos; Hortolândia, com 160; Sumaré com 182 e Campinas, com 880 registros confirmados para Dengue. Ou seja, comparando os dados coletados de todas as cidades da RMC, Indaiatuba tem a terceira menor incidência em número de casos absolutos com uma média de 7,41 registros positivos a cada 100 mil habitantes. Morungaba (7,25) e Itatiba (0,81) foram as duas únicas cidades que apresentaram médias inferiores a Indaiatuba, lembrando que a população dos dois municípios é de 13.781 e 122.581 habitantes, respectivamente. Dessa forma, o projeto segue confirmado para a próxima temporada de 2021 e 2022.

A DENGUE NO MUNDO

A Organização Mundial da Saúde estima que existam 390 milhões pessoas infectadas pela Dengue a cada ano, com aproximadamente metade da população mundial em risco. O número de casos de Dengue notificados à OMS aumentou mais de 15 vezes nas últimas duas décadas, e só no Brasil houve um aumento de quase 600% no número de casos entre 2018 e 2019. O Aedes aegypti é um mosquito invasor encontrado em todo o mundo e também transmite Zika, Chikungunya e Febre Amarela.

SOBRE A OXITEC

A Oxitec é pioneira em soluções biológicas para controlar de forma segura e sustentável insetos que transmitem doenças e danificam plantações. A empresa foi fundada em 2002 a partir da Universidade de Oxford (Reino Unido) e é formada por uma equipe diversificada composta por 15 nacionalidades.

Em maio de 2020, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) concedeu à Oxitec uma Licença de Uso Experimental (EUP) para um projeto piloto dessa mesma tecnologia nos Estados Unidos. Também em maio do ano passado, a Oxitec recebeu a aprovação total de biossegurança para essa tecnologia da autoridade reguladora no Brasil, a CTNBio, e foi endossada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC).

Natalia Ferreira, Diretora Geral da Oxitec Brasil, disse: “Para combater a crescente ameaça da dengue em nosso País são necessárias ferramentas de controle de vetores eficazes, comprovadas e ambientalmente sustentáveis. Nossos resultados até o momento têm sido excelentes, e temos contado com um alto nível de apoio da comunidade. A implantação do Aedes do Bem™ provou ser eficaz no controle do Aedes aegypti em ambientes urbanos, e esperamos continuar ajudando a população a manter esse problema sob controle”.

*AIPMI

ES – 01/07/2021