Embora o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tenha dito segunda-feira, 24, que o calendário de votação do Congresso Nacional está mantido e que não será interrompido pela eventual instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito CPMI para investigar os atos de 08 de janeiro; não é o que congressistas e o povo brasileiro tem visto em Brasília.

Além das últimas declarações do presidente Lula (PT) que acabaram por gerar um grande desconforto internacional, as atitudes de calar o Congresso e o Senado por parte dos presidentes das respectivas câmaras, os magistrados do STF e os políticos do “amor”, travaram as negociações e, consequentemente, as votações.

Padilha tenta argumentar e declara: “A atenção do governo e do Congresso Nacional é na pauta econômica do País”, disse o ministro, responsável pela articulação política do governo Lula 3, a jornalistas. “O calendário do marco fiscal está mantido, o relatório deve ser apresentado até 10 de maio”, afirmou. A proposta do governo para economia foi entregue ao Congresso na terça-feira, 18. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) avisou que pretende votar a proposta enviada pelo Executivo direto no plenário, até 10 de maio, sem a necessidade de tramitar por outras comissões.

Contudo, o governo vai enfrentar muita confusão e desorganização burocrática para abrir qualquer tipo de votação, disse o deputado Marcel Van Hattem, no programa Direto ao Ponto- da Jovem Pan.

A prioridade do Congresso e do Senado está na CPMI do 08 de janeiro e não em discutir detalhes do projeto de Haddad sobre o Arcabouço Fiscal. Na verdade, o velho/novo plano econômico do governo padece de atenção porque nasceu morto e deve perder a utilidade diante de um possível impeachment que os contrários pretendem organizar contra Lula. Vamos aguardar…

ES – 25/04/2023

Imagem JP News