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É inegável que o Brasil se transformou e muito depois da operação “Lava Jato” que foi coordenada pelo então juiz Sergio Moro. Com uma carreira política meteórica, seguida de muitos equívocos, embora apoiada pela grande maioria dos brasileiros, escolhas mal feitas e acusações duvidosas podem fazê-lo perder o mandato se a vingança dos acusados prevalecer.
Moro e sua equipe seguem perseguidos não só por magistrados enciumados como por políticos indiciados e presos numa operação de sucesso que paralisou a política e abriu os olhos dos cidadãos para a corrupção generalizada instalada no então governo do PT.
Ser alvo de um presidente que ele mesmo colocou na cadeia por corrupção foi um compromisso de risco que Moro assumiu e o fez reconhecido no mundo todo por uma conduta louvável. Entretanto, o sucesso da operação “Lava-Jato”, pode interromper a carreira política do Senador Moro (UB), eleito pelo Paraná com 1.953.159 votos (33,5% dos votos válidos), o que leva o eleitor a desacreditar cada vez mais na politica e na justiça brasileira.
PROCESSO
O desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, votou na segunda-feira (1º) contra a cassação do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava jato.
Após o voto do relator, a sessão foi suspensa e retomada na quarta-feira (3), quando faltavam os votos de seis juízes., onde dois pediram vistas.
Se for cassado pelo TRE, Moro não deixará o cargo imediatamente porque a defesa poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso a eventual cassação seja confirmada pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher a vaga do senador.
ACUSAÇÃO
O julgamento no (TRE) segue duas ações nas quais o PT e o PL acusam Moro de abuso de poder econômico devido a gastos irregulares no período de pré-campanha em 2022.
Em 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. De acordo com a acusação, os concorrentes ao cargo de senador ficaram em desvantagem diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar a sigla e decidir se candidatar ao Senado pelo União.
Conforme a acusação do Ministério Público Eleitoral, foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões oriundos do Fundo Partidário com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais.
Ao rejeitar a cassação, o desembargador não considerou os valores apontados como ilegais pelas partes do processo. Para o magistrado, os valores são divergentes e não é possível afirmar que foram excessivos. Segundo ele, os próprios partidos não apontaram os gastos de seus candidatos.
O PL apontou supostos gastos irregulares de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões. O Ministério Público concluiu que o valor chega a R$ 2 milhões. Para a defesa de Moro, foram gastos somente R$ 141 mil com o evento.
O relator só considerou gastos totais de R$ 59 mil com a realização de coletiva de imprensa, produção de vídeos e aluguel de carros para o lançamento da pré-campanha.
“Não há prova alguma, nem mesmo testemunhal, dando conta que desde o início o objetivo [de Moro] era se candidatar ao Senado. Faz parte do jogo político acertos e contatos visando determinadas candidaturas que resultam em outras candidaturas”, afirmou.
Falavinha também acrescentou que Moro já era conhecido em todo o País e não teria como ter mais projeção pela pré-campanha. “Esses indicativos mostram a grande exposição midiática do investigado. A adoção da tese de simples soma das despesas para apurar abuso abre via perigosa para o arbítrio” completou o desembargador.
DEFESA
Durante a sessão, a defesa de Moro defendeu a manutenção do mandato e negou irregularidades na pré-campanha. O advogado Gustavo Guedes afirmou que Moro não se elegeu no Paraná pela suposta pré-campanha “mais robusta”, conforme acusaram as legendas.
OPINIÃO
A verdade é que independente dos erros que Moro possa ter cometido politicamente, enquanto juiz de uma operação que “abriu as portas do inferno” da política do Brasil, o agora senador, arrisco a própria vida para defender o patrimônio dos brasileiros e isso não pode ser esquecido ou relativizado. Nada pode apagar o passado do PT e isso também é um fato. As condutas políticas atuais do senador não abrandam ou eliminam a corrupção que afundava e, agora, volta a afundar o País em rombos e dívidas. Está muito claro que a perseguição contra Moro faz parte do jogo dos corruptos que querem fazer do País um bolsão de vendas, trocas, favores e conveniências bilionárias.
ES – 04/04/2024
*Informações de processo – Agência Estado