O Dia Mundial da Água foi instituído pela ONU em 22 de março de 1992 a fim de conscientizar a população a respeito dessa substância, que é essencial para a vida no planeta.
A água ocupa aproximadamente 70% da superfície do nosso planeta. No entanto, de toda a água disponível, apenas 3% dela é doce e pode ser utilizada para consumo — que é um dos tipos de uso da água. Estamos falando da água de rios, lagos e aquíferos.
Fundamental para o desenvolvimento socioeconómico, a água serve a produção de energia e alimentos, para a construção de ecossistemas saudáveis e para a sobrevivência da espécie humana. É também essencial para fazer frente às alterações climáticas, servindo como elo crucial entre a sociedade e o meio ambiente.
O consumo de água é muito variável ao redor do mundo. Além da disponibilidade do local, o consumo médio desse recurso está associado ao nível de desenvolvimento do país e ao nível de renda da população.
De modo geral, o Brasil é um País privilegiado quanto ao volume de água, pois abriga 13,7% da água doce do mundo, incluindo as superficiais e as subterrâneas. Estima-se, no entanto, que cerca de 60% da água tratada para o consumo dos brasileiros seja perdida na distribuição, além do desperdício de água no consumo nas residências e da poluição do recurso hídrico.
Não é à toa que desde criança aprende-se que pelo menos 70% do corpo humano é composto por água. E que a água é um dos componentes mais básicos para manter o equilíbrio corporal. Limpa e tratada, a água constitui a maior parte de nossas células e tem funções importantes como a limpeza do organismo e a reposição de nutrientes. Motivos esses que levam pessoas conscientes a economiza-la.
NO MUNDO DA ÁGUA
Segundo a ONU, atualmente 55% da população mundial vive em áreas urbanas e a expectativa é de que esta proporção aumente para 70% até 2050. Por essa razão, é de suma importância garantir a sustentabilidade das comunidades e das edificações em longo prazo com abastecimento de água potável.
Segundo dados do GBC, o Brasil está em quinto lugar no ranking mundial de sustentabilidade, com 1.555 construções do tipo já registradas e 641 certificadas. São Paulo concentra a maioria, com 842 registros de construções sustentáveis e 364 certificações de casas, indústrias, hospitais e até bairros.
Considerando que o consumo de água doce aumentou seis vezes no último século e continua a avançar a uma taxa de 1% ao ano – fruto do crescimento populacional, do desenvolvimento econômico e das alterações nos padrões de consumo – o país que tem água em abundancia é no mínimo privilegiado.
Muitas regiões do planeta enfrentam a chamada escassez econômica da água: Ela está fisicamente disponível, mas não há a infraestrutura necessária para o acesso. E isso em um horizonte cuja previsão de crescimento no consumo é de quase 25% até 2030.
No Brasil, a água é utilizada principalmente para irrigação de lavouras, abastecimento público, atividades industriais, geração de energia, extração mineral, aquicultura, navegação, turismo e lazer. Cada uso depende e pode afetar condições específicas de quantidade e de qualidade das águas.
Essas informações fazem parte do relatório lançado em evento online organizado pela UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO) e Rede Brasil do Pacto Global da ONU, de 2021.
Além do relatório, no evento foi lançado também o projeto “Água e o Agro: valoração da água na agropecuária” – que visa promover a disseminação do tema no Brasil, engajando as empresas em capacitações que permitam o desenvolvimento de ideias inovadoras, e projetos piloto com foco na gestão sustentável da água no setor agropecuário. Este projeto de 2021 contou com o apoio do então presidente Jair Messias Bolsonaro.
*Fonte de informação: Organização das Nações Unidas para agropecuária.
*Imagem Google
ES – 22/03/2023