O indaiatubano Lohran Zanardo, 27 anos, é um empresário do ramo da segurança eletrônica. Aos 21 anos ele já sabia o que queria quando fundou a empresa You Safe. Lohran é uma das exceções entre os jovens de hoje; por isso se destaca a ponto de querer participar da vida pública.

Candidato a vereador pelo partido (NOVO), Lohran é formado em eletroeletrônica pelo SENAI, e se dedica a oferecer soluções inovadoras de segurança eletrônica para outros empresários da cidade. Por isso, uma de suas bandeiras é a Segurança, assunto que conhece bem.

Lohran defende uma Indaiatuba onde todos se sintam seguros e acolhidos, com políticas públicas que não enfrentem apenas a violência, mas que promovam a inclusão social, principalmente dos moradores de rua.

Honestidade, compromisso, coerência e fiscalização de competências são as bandeiras do partido NOVO em Indaiatuba e do jovem Lohran, no sentido de garantir-se o crescimento econômico e o bem estar dos cidadãos, sustentados por uma administração pública eficiente, transparente e de olho no futuro.

Na sua idade, muitos não se preocupam com o destino político, quer seja de sua cidade, Estado ou País. Quando a ideia de participar da política entrou na sua vida? Você se considera um conservador?

Realmente, a política não é um assunto difundido no meio jovem, e isso é global. Na verdade, nós vemos doutrinação ideológica nas escolas e universidades com professores recitando temas da esquerda de maneira  agressiva e equivocada, mas para o adolescente acaba se tornando algo  corriqueiro o fato de ele nunca ter sido guiado para ideais políticos antes, cito  por exemplo as escolhas de valores e princípios que deveriam ser ensinados  pelos pais dentro de casa e muitas famílias nem se preocupam com  isso, por fim, acabam permitindo que as instituições de ensino formem seus filhos completamente despolitizados ou doutrinados demais.

Eu fui um jovem que me interessei por política desde cedo. Enquanto aluno do SENAI, tive um professor que nos abria a mente no sentido de nos tornarmos questionadores. Ele citava artigos e filósofos. Nessa época, aos 17 anos, comecei me interessar por empreendedorismo, e assim entendi que o melhor modelo  econômico  era o de livre mercado, logo, eu entendi  também que um  Estado inchado que controla demais a vida do cidadão é ineficaz; e onde não  há livre arbítrio, não  há desenvolvimento econômico.

Ainda nessa época, eu passei a acompanhar a política, entre 2013/14, momento do impeachment de Dilma, dos desdobramentos da Lava Jato, e do nascimento da figura do ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro. Foi naquele momento que resolvi ser um militante politico de direita; impulsionado também por amigos, principalmente, Ricardo Oliveira, que me considerava um cidadão de boa índole e apto para me candidatar à vida pública. Foi Ricardo meu grande incentivador. Ele me apresentou para algumas pessoas do (PL) que, mais tarde se desmontou em Indaiatuba. Foi também quando conheci o partido NOVO e descobri a verdadeira direita brasileira.

Sim, eu me considero um conservador em princípios e valores. Além disso, eu costumo levar a minha vida dentro dos padrões conservadores, compactuando inclusive com as ideias de uma economia liberal.

Como um jovem, qual é seu olhar sob Indaiatuba (ex. drogas, abuso de álcool, direção perigosa…)? Na sua percepção, os jovens indaiatubanos estão satisfeitos com a vida que a cidade lhes oferece?

Temos um problema grande de tráfico de drogas em Indaiatuba, tem biqueira  até na minha rua, no Bairro Cidade Nova. Pessoalmente, eu já bati de frente com os traficantes e usuários várias vezes, mas não adiantou muito. Apesar de alguns deles serem presos em flagrante, pois é do conhecimento da polícia a prática na região; quando um deles é preso, um amigo ou familiar assume a compra/venda de drogas. Assim, penso tratar-se de uma questão muito mais educacional do que casos de polícia e combate às drogas. O combate às drogas deve ser feito com firmeza, mas para solucionar o problema é longo prazo. Só a Educação transforma as pessoas. Ensinar as novas gerações o valor do trabalho, os princípios de família e a honestidade – é trabalho de “formiga”.

Já no que se diz ao álcool, eu acredito que o princípio seja trabalhar o limite. Eu pessoalmente gosto de uma cerveja ou drinks com amigos, mas fui educado a respeitar os limites. Contudo, afirmo novamente: Só a Educação pode evitar os abusos. Além disso, as Leis para quem abusa do álcool ou faz uso das drogas, e pega no volante, são muito brandas; tanto é que os acidentes de trânsito em Indaiatuba só crescem.

Quanto à satisfação dos jovens sobre a cidade, penso ser muito relativo. Eu acredito que a cidade oferece oportunidade para quem quer estudar e trabalhar, com escolas técnicas sejam elas públicas ou privadas; no entanto, o jovem indaiatubano já formado, também desanima com os baixos salários e o custo de vida muito alto que a cidade oferece. Cito um exemplo clássico: Atualmente, em Indaiatuba, é bem improvável um jovem solteiro conseguir comprar uma casa ou arcar sozinho com um aluguel, por exemplo. A verdade é que o piso salarial baixo do comércio e da indústria não oferece essa possibilidade. Dessa forma o custo/benefício fica comprometido.

Partindo do princípio que você trabalha com segurança, como você analisa a segurança pública em Indaiatuba, e qual seria sua sugestão, enquanto vereador eleito, para melhorá-la?

 No período noturno, eu observo um baixo efetivo da GCM, poderia ser melhorado. Eu acredito que a Guarda Municipal também deveria ser mais bem armada; além das pistolas 9 mm  ou .380 acp, que os agentes já carregam,  cada viatura deveria portar uma Cal.12GA e um kit de primeiros socorros. Cada agente também deveria portar uma pistola de choque para conter agressores não armados – até existem alguns, mas não são suficientes. Seria importante haver mais adesão com treinamento aos Kits de APH táticos, conhecido como IFAK, que podem salvar vidas em acidentes ou ações táticas que possam vir a ocorrer.

A instalação de câmeras de monitoramento nas principais vias públicas já se mostrou muito eficaz e isso deve ser ampliado, mas eu gosto de enfatizar que, por mais que o Estado faça sua parte para prevenir crimes, criminosos sempre vão existir. Por isso, eu trabalho com sistemas de segurança, acredito na iniciativa do cidadão proteger a si mesmo, e que todos deveriam ter o direito de portar arma dentro de critérios específicos. Resumindo: Eu acredito firmemente que cada indivíduo sabe o que é melhor para si, portanto, devemos ter o direito da autodefesa, de forma que cada cidadão esteja consciente de uma Lei e Justiça que funcione.

Cidades monitoradas – em sua opinião, com políticas públicas adequadas, o cidadão se sente mais seguro em ser vigiado por monitoramento eletrônico?

Espero que gostem de mim, mesmo depois de lerem essa resposta. (Risos).  Vamos lá… Com certeza, todos nós nos sentiríamos mais seguros se a cada esquina tivesse uma câmera implantada pelo Estado, e que identificasse a face, a íris do olho, e até a digital de cada um, mas… Até que ponto isso é seguro? Até que ponto nós podemos dar poder ao Estado sem que ele seja tirano e abuse das informações sobre nós? Eu acredito mais na liberdade, e acho que um excesso de monitoramento pode vir a se tornar ruim, caso as Informações caiam em mãos erradas, por exemplo – no Brasil, tudo ainda é possível. Portanto, eu sou defensor sim da tecnologia agregada à segurança pública, mas com limites que não invadam a privacidade alheia.  Nesse ponto, eu defendo a Educação, para que as pessoas se tornem mais humanas; questionadoras sim, mas livres e civilizadas.

Você acredita em parcerias público-privadas para a área de segurança?

De certa forma isso já existe. As armas são fornecidas por empresas que as fabricam, assim como os coletes e carros. Os treinamentos, por vezes são aplicados por profissionais da iniciativa privada trazidos de outros países. Em termos de contratação, acredito que na segurança pública, as contratações devem continuar sendo diretamente do próprio Município ou Estado, através de concurso público criterioso, até por questões legais e para se evitar maiores danos.

Se eleito, como você se vê, enquanto político, daqui a quatro anos? É um objetivo seu construir uma carreira política?

Sim, estou motivado a construir um futuro político. Eu acredito que já como vereador, eu possa participar de uma boa faxina na Câmara. Como cidadão eu percebo muita sujeira debaixo dos tapetes do Legislativo. Até pouco tempo, nós tínhamos um condenado pela Justiça na presidência da Câmara. No Executivo também temos políticos – ex-prefeito e prefeito atual – condenados por improbidade administrativa e inelegíveis; a ironia é que agora eles querem indicar um sucessor. Coitado dele… E o que os atuais vereadores fizeram para resolver o impasse? Nada! Como militante político eu já me incomodava demais com esse tipo de político. Inclusive já fui agredido dentro da Câmara Municipal e acusado injustamente por protestar pela limpeza da Casa Legislativa. Nessa campanha, esses mesmos querem me parar, mas não vão conseguir.

Sobre construir uma carreira política, eu me vejo honrando os meus amigos indaiatubanos lá em Brasília; ajudando a varrer também aquela sujeira que tem por lá, que não é nada diferente da que vemos em Indaiatuba. Sou inspirado por políticos como Jair Bolsonaro, Nikolas Ferreira, Leo Siqueira, Adriana Ventura, Senador Cleitinho, dentre outros. Assim como esses políticos são meu norte para entrar para política, eu sei que posso ser o norte de outros jovens que  futuramente possam vir a se candidatar. Acredito ainda que posso inspirar jovens de bem da direita conservadora. Tem uma frase do filósofo Platão que diz: “Os homens de bem que não querem fazer política serão governados pelos homens maus que querem fazer”. Dito isso, eu acredito que o bem não pode parar nem para descansar, pois, o mal nunca descansa…

Minhas considerações finais: Agradeço essa oportunidade de me colocar e acrescento que estou aberto para responder tudo que o eleitor quiser perguntar. Sou um jovem que visa o futuro e quer o melhor para Indaiatuba, esse é o motivo porque cheguei até aqui. Pretendo ocupar o espaço político que me compete e arrastar comigo pessoas que querem o melhor para o Brasil. Deus Abençoe a todos.

ES – 09/09/2024