NOTA OPINIÃO: 

Esta semana eu assisti a um PodCast, onde uma brasileira, naturalizada Iraniana, voltou ao Brasil com a família (marido, duas outras esposas e os 5 filhos comuns deles, suponho) todos para fugir da guerra e serem felizes num País como o Brasil, milhares de quilômetros de distância, inclusive de distância cultural deles. Sua maior queixa? A falta de entendimento dos brasileiros quanto aos seus hábitos; comportamento dos donos da casa, que ela considera “chilique”… Então, quem disse para essa mulher, cujo o corpo os brasileiros só enxergam os olhos, que temos de aceitar isso porque, do contrário, seríamos preconceituosos?… Já estive em países de maioria muçulmana e lá tive de andar coberta para não ser agredida. Ou seja, respeitando os costumes dos donos da casa, mesmo sem não entender, mas em consideração a cultura… Pois então, o Brasil, País que essa família resolveu viver, é uma terra livre, democrática (por enquanto), onde as mulheres estão cada vez mais soltas, com o direito constitucional de falar e fazer o que bem entenderem, e “empoderadas” (confesso que detesto essa palavra) a ponto de, se convier, se tornarem homens… Aí a senhora e sua família decidem viver justamente aqui, com suas tradições retrógradas e milenares e querem ser compreendidas?… Minha senhora, primeiramente, estar vestida de acordo com a cultura do País é questão de segurança, lá e aqui. Mas aqui é questão de segurança inclusive para a senhora. Os brasileiros precisam saber o que a senhora carrega debaixo do seu hábito e como está sua condição física já que as notícias que originam de sua terra natal sobre: Liberdade/mulheres e militância/bombas – são uma afronta a dignidade humana, e no Brasil, graças a Deus e não a Alá – não são toleradas. Aqui, a senhora e seus familiares podem, no máximo e contra a vontade da maioria, usar um lenço. Penso que do contrário seria prudente escolher um país oriental que esteja alinhado com suas crenças, hábitos e convicções… Senhora, nós brasileiros já temos muito trabalho em lidar com nossos próprios problemas demográficos/sociais, a gente até acolhe, mas não força a amizade porque “chilique”, acredite, é só o começo do que a senhora e os seus podem vir a enfrentar.

ES – 02/0/2025