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julho 25, 2022APESAR DO NOME “DOENÇA DOS MACACOS” NÃO TEM NADA A VER COM O BICHO OU COM A TRANSMISSÃO EM HUMANOS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, no último sábado, 23, que o surto de Varíola dos Macacos é uma emergência de saúde global, o nível mais alto de alerta da OMS, no qual a Covid-19 foi enquadrada anteriormente. Para falar sobre como a doença se estabelece no Brasil, o secretário de Estado da Saúde de São Paulo Jean Gorinchteyn, detalhou os esforços na prevenção e combate à doença.
Inicialmente, o infectologista esclareceu que o vírus se espalha menos que a Covid-19: “As transmissões ocorrem com um contato muito íntimo, tanto aqueles relacionados a gotículas de saliva, bem como no contato direto, no toque das vesículas, pequenas bolinhas que se formam no corpo e que são ricas da presença desse vírus. A disseminação, claro, é muito menor que a Covid-19 e mesmo assim tivemos no mundo 16 mil casos. Já são 75 países acometidos, no Brasil quase 700 pacientes já infectados e estamos no décimo lugar no ranking”.
Gorinchteyn também ressaltou que, APESAR DO NOME, A TRANSMISSÃO DA DOENÇA NÃO TEM NADA A VER COM OS MACACOS e detalhou os sintomas que os infectados sofrem: “O que hoje temos no Estado de São Paulo são 538 pessoas acometidas, sendo que 442 estão na capital. É um quadro inicial como qualquer outro vírus, dando sintomas de dor no corpo, dor nas juntas e febre baixa. Não dá sintomas respiratórios, como nariz entupido, tosse ou dor de garganta. Geralmente a partir do terceiro dia surgem essas lesões, vesículas e bolhas que iniciam na face e acabam se distribuindo por todo o corpo, em maior ou menor intensidade”.
“É muito importante que as pessoas que tiveram contato íntimo, e eventualmente relações sexuais casuais, e tenham sintomas procurem de forma imediata um médico para que ele possa estabelecer o diagnóstico. O diagnóstico não é apenas clínico, mas tem a possibilidade de, através de material coletado nas vesículas, fazer o PCR para identificar que se trata da varíola do macaco ou de outros vírus que tem apresentações clínicas similares”, recomendou.
O secretário de Saúde reforçou que a vacina contra varíola fornece certa resposta contra esta variação do vírus, mas também apontou os esforços do Instituto Butantã para produzir o imunizante específico para a varíola dos macacos: “O grande problema é que hoje só existe uma empresa no mundo, na Dinamarca, que está fazendo essa produção e o laboratório já informou a não condição de produzir em larga escala para levar essa proteção para todo mundo. Exatamente por isso que já existem tratativas do Instituto Butantã junto à essa empresa no sentido de promover a transferência de tecnologia, ou seja, a possibilidade de trazer essa matriz viral para nós e aí sim a produção em grande escala para o país e todo o mundo”.
A respeito da letalidade da varíola dos macacos e dos protocolos de tratamento, Gorinchteyn ressaltou que a grande maioria são casos leves e que o isolamento dos possíveis infectados é fundamental: “Por se tratar de um vírus, não existe o tratamento específico e existe a necessidade de se implementar estudos para a criação de algum antiviral. Mas no momento o tratamento é de suporte sintomático contra a dor e febre com analgésico e antitérmico. Mas em paralelo essas pessoas são colocadas em isolamento, assim como as pessoas no seu entorno, os contactantes íntimos, que são aquelas pessoas que tiveram nos últimos 7 dias pelo menos 4 horas de contato com o infectado. Elas são colocadas em quarentena avaliando se irão ou não evoluir com sintomas. O isolamento desse paciente é mantido por 21 dias até que haja o desaparecimento das lesões”.
*JPN
ES – 25/07/2022