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julho 10, 2023Segundo as autoridades, o objetivo do novo modelo de acesso às universidades paulistas para alunos da rede pública é de combater a evasão escolar
O governo do Estado de São Paulo lança, nesta segunda-feira, 10, o Provão Paulista, medida que prevê um novo tipo de ingresso dos alunos de escolas públicas nas universidades paulistas. De acordo com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, a nova avaliação poderá ser utilizada como entrada direta para mais de 10 mil vagas nas principais universidades públicas do Estado, como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade de Campinas (Unicamp), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). A prova começa a ser aplicada neste ano, em novembro. Na reunião que aprovou a implementação, o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, defendeu o modelo: “Nós vamos seguir esses alunos três anos, não só uma prova de um dia, que se tiver uma dor de cabeça ou alguma coisa você está fora dessa prova. Vamos conseguir seguir o aluno. Isso é o que nós estamos trazendo para vocês aqui, aproximação com o ensino médio, maior garantia de permanência, e O objetivo do Provão é evitar a evasão escolar. Neste primeiro ano de exame, os resultados poderão ser usados para que os estudantes do terceiro ano do ensino médio entrem na universidade, mas, a partir do ano que vem, será utilizada uma nota acumulada das provas feitas no segundo e no terceiro ano. A partir de 2025, serão consideradas as avaliações feitas nos três anos do ensino médio”.
O pró-reitor de graduação da USP, Aluísio Segurado, afirmou que um dos principais desafios é aumentar o interesse dos estudantes. “Esta prova está sendo idealizada para que seja aplicada aos 400 mil estudantes do ensino médio, no primeiro ano, no segundo ano e no terceiro ano do ensino médio.”
Segundo a Universidade de São Paulo, apenas 16% dos 400 mil alunos que concluíram o ensino médio na rede pública fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no ano passado e 8,7% destes concluintes se inscreveram no vestibular da USP nos últimos cinco anos. Já neste ano, a USP deve oferecer 1,5 mil vagas dentro da modalidade do Provão Paulista. A Unicamp deve oferecer 300 vagas. Também há a expectativa de que a Secretaria Estadual de Educação ofereça uma bolsa a alunos com necessidades socioeconômicas. O valor do auxílio ainda não foi definido, mas a expectativa é de que ele fique seja estimado em cerca de R$ 800.
OPINIÃO: Resta saber, quais serão os critérios de avaliação aplicados para seleção desses alunos. Para atender alunos de escolas públicas, o nível dos exames e os conteúdos não serão diminuídos? Isso não coloca em dúvida a qualidade do Ensino Universitário? Será que manter os alunos na escola não é mais trabalho de conscientização familiar do que do Estado? Hoje, as greves tem mais espaço nas universidades estaduais e federais do que o aprendizado e as horas/aulas. Mais alunos pouco investimento no Ensino não é a maior queixa dos professores que ganham mais do que os da rede pública do Ensino Médio? São muitas as perguntas. Devemos lembrar que programas de Ensino particular à distância não tiveram o sucesso nem a qualidade esperada. Já o FIES, o crédito universitário do GF teve de ser anistiado pelo Governo de Bolsonaro porque os estudantes não deram conta de pagar as mensalidades mesmo depois de formados. Para se pensar.
*JPNews texto e imagem
ES – 10/07/2023