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janeiro 13, 2022O decreto que dá à Casa Civil o poder de decisão sobre o Orçamento tira o ministro da Economia, Paulo Guedes, da “linha de frente” na disputa pelos recursos às vésperas da eleição, afirmaram auxiliares da equipe econômica à Jovem Pan em caráter reservado. Na prática, Guedes não será responsável por aceitar ou negar verbas para viabilizar acordos de apoio. Na visão do grupo, a decisão publicada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira, 13, é positiva por deixar na responsabilidade de Ciro Nogueira (PP), um dos líderes do “centrão”, a negociação da distribuição dos valores, já que este sim é o político.
A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta manhã após uma reunião entre Guedes e Bolsonaro na tarde desta quarta-feira, 12. O texto prevê que a Economia ficará responsável por ações como a reabertura de créditos especiais ou extraordinários e o remanejamento de verbas, mas os movimentos ficarão condicionados “à manifestação prévia favorável do Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República”. Interlocutores do ministro chamam a atenção para a escalada de pressões pelo aumento dos gastos em meio ao processo eleitoral. Para os membros da equipe econômica, a pressão passa a ficar em cima do chefe da Casa Civil, que deve filtrar as demandas que serão atendidas.
A mudança também deve blindar a imagem de Guedes junto ao setor privado, que vê na figura do ministro o principal fiador da responsabilidade fiscal. A posição do chefe da equipe econômica ficou bastante abalada após o apoio do ministério na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que mudou regras do teto de gastos e ampliou o espaço no Orçamento para turbinar o pagamento do Auxílio Brasil. Agora, frisam os aliados, a gestão dos recursos fica centralizada na Casa Civil, que vai precisar assumir as consequências das decisões.
*Jovem Pan News
Imagem Google
ES – 13/01/2022