OPINIÃO: Óbvio que a ciência e a tecnologia tem sua importância para o país, e não é pouca. Mas em um Brasil cujo o SUS enfrenta problemas de atendimento, a escola não consegue formar mão de obra, e a fome ainda é uma preocupação para parcela consideravel da população, Ciência e Tecnologia não ocupam os primeiros lugares na fila da importância, óbvio!

O ministro, Marcos Pontes, parece não concordar comigo, mas é compreensível. Afinal, Pontes é o “mandachuva” da pasta. Ele critica o corte de R$ 600 milhões da Ciência e Tecnologia: ‘Falta de consideração’.

Para o ministro, o pedido de Paulo Guedes para remanejar o valor que seria destinado a pesquisas foi um equívoco e ‘precisa ser corrigido urgentemente’

Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia, declarou ontem, que foi equivocado o remanejamento de R$ 600 milhões, que seriam destinados a pesquisas, para outros ministérios. Os cortes de recursos sobre o pequeno orçamento de Ciência do Brasil são equivocados e ilógicos. Ainda mais quando são feitos sem ouvir a Comunidade Científica e Setor Produtivo. Isso precisa ser corrigido urgentemente”, escreveu Marcos no Twitter. O valor representa 90% do que seria destinado a pasta de Ciência e Tecnologia e, agora, ele será distribuído para outros ministérios, atendendo ao pedido do ministro da economia Paulo Guedes. Desse total, 50 milhões vai para o Ministério da Educação, 120 milhões para o Ministério da Agricultura, 50 milhões para o Ministério da Saúde, 252 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Regional, 100 milhões para o Ministério das Comunicações e 28 milhões para o Ministério da Cidadania. A decisão do remanejamento também gerou protestos de entidades ligadas à área da ciência. O bom é que faz parte da função de ministro é conquistar a atenção da iniciativa privada e, quem sabe, conseguir investidores para seus projetos.

ES – 11/10/2021